“Como todo tipo de arte, a literatura está vinculada à sociedade em que se origina. Não há artistas completamente indiferentes à realidade, pois, de alguma forma, todos participam dos problemas vividos pela sociedade, apesar das diferenças de interesse e de classe social.
Partindo das experiências pessoais e sociais, o artista recria ou transcria a realidade, dando origem a uma supra-realidade ou a uma realidade ficcional. Por meio dessa supra-realidade, ele consegue transmitir seus sentimentos e ideias ao mundo real, de onde tudo se origina. A reação do público à obra também pode modificar as atitudes futuras do artista.
Assim, a obra literária é resultado das relações dinâmicas entre escritor, público e sociedade. E, como outras obras de arte, ela não só nasce vinculada a certa realidade, mas também pode interferir nessa realidade, auxiliando no processo de transformação social.
Por vezes, a literatura assume formas de denúncia social, de crítica à realidade circundante. Dizemos, então, que se trata de uma literatura engajada, que serve a uma causa político-ideológica ou a uma luta social.”
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“[...] o processo de leitura apresenta-se como uma atividade que possibilita a participação do homem na vida em sociedade, em termos de compreensão do presente e passado e em termos de possibilidades de transformação cultural futura. E, por ser um instrumento de aquisição e transformação do conhecimento, a leitura, se levada a efeito crítica e reflexivamente, levanta-se como um trabalho de combate à alienação (não racionalidade), capaz de facilitar ao gênero humano a realização de sua plenitude (liberdade).”
- Ezequiel T. da Silva
(Excertos do livro didático do ensino médio “Português: Linguagens”)
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