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sábado, 19 de outubro de 2024

A VIDA FELIZ (SÊNECA)

O ensaio A Vida Feliz foi escrito por volta do ano 58 dC., destinado ao seu irmão mais velho, Gálio.

A principal coisa a entender sobre o texto é o próprio título: 'Feliz' aqui não tem a conotação moderna de se sentir bem, mas é o equivalente da palavra grega eudaimonia, que é melhor compreendida como uma vida digna de ser vivida, um estado de plenitude do ser. Para Sêneca e para os estoicos, a única vida que vale a pena ser vivida é aquela de retidão moral, o tipo de existência à qual olhamos no final e podemos dizer honestamente que não nos envergonhamos.

Logo no primeiro parágrafo Sêneca dá a linha da argumentação estoica: Não devemos ter a felicidade como objetivo: “não é fácil alcançar a felicidade já que quanto mais avidamente um homem se esforça para alcançá-la mais ele se afasta”. A solução é ter como objetivo a virtude. A felicidade será consequência.

Sêneca faz grande oposição ao epicurismo, corrente filosófica que valoriza o prazer como fonte de felicidade, como vemos no capítulo X: “Você se dedica aos prazeres, eu os controlo; você se entrega ao prazer, eu o uso; você pensa que é o bem maior, eu nem penso que seja bom: por prazer não faço nada, você faz tudo.” No XV, Sêneca explica por que não se pode simplesmente associar a virtude ao prazer. O problema é que, mais cedo ou mais tarde, o prazer o levará a territórios não virtuosos: “Você não oferece à virtude uma base sólida e imóvel se você a colocar sobre o que é instável”.

O livro fornece uma lista de regras pelas quais Sêneca está tentando viver. Vale a pena considerá-las na íntegra:

• Eu vou encarar a morte ou a vida a mesma expressão de semblante;

• Eu desprezarei as riquezas quando as tiver tanto quanto quando não as tiver;

• Verei todas as terras como se pertencessem a mim, e as minhas terras como se pertencessem a toda a humanidade;

• Seja o que for que eu possua, eu não vou acumulá-lo avidamente nem o desperdiçar de forma imprudente;

• Não farei nada por causa da opinião pública, mas tudo por causa da consciência;

• Ao comer e beber, meu objetivo é extinguir os desejos da natureza, não encher e esvaziar minha barriga;

• Eu serei agradável com meus amigos, gentil e suave com meus inimigos;

• Sempre que a Natureza exigir minha vida, ou a razão me pedir que a rejeite, vou desistir desta vida, chamando a todos para testemunhar que amei uma boa consciência e boas atividades;

A profundidade do pensamento, a vivacidade do estilo e os ricos exemplos que o filósofo apresenta para confirmar suas teses tornam a leitura de “A Vida Feliz” extremamente prazeirosa.


quinta-feira, 7 de setembro de 2023

ESL DISCUSSIONS - FILOSOFIA


https://esldiscussions.com/p/philosophy.html



STUDENT A's QUESTIONS


(1) O que vem à mente quando você ouve a palavra “filosofia”?


Grécia.



(2) Você gosta de filosofia?


Sim, mas não a nível de seguir carreira acadêmica.



(3) Você acha que a filosofia é importante?


Com certeza. A propósito, um dos principais motivos que me fez começar a responder os questionários do ESL Discussions foi justamente me aproximar mais do pensamento filosófico, refletir e aprender mais sobre as coisas.



(4) Qual é a sua filosofia de vida?


Carpe Diem. Tentar aproveitar a vida ao máximo com os recursos que possuo.



(5) Você gostaria de estudar filosofia?


Na verdade, de certa forma, eu estudo, mas de maneira autodidata. Inclusive, o Crash Course - Philosophy é um recurso muito interessante para tal.



(6) Qual é a diferença entre a filosofia ocidental e outras filosofias?


A principal diferença entre a filosofia ocidental e outras tradições filosóficas reside em suas origens históricas, enfoques metodológicos e preocupações filosóficas. A filosofia ocidental tem raízes na Grécia Antiga e enfatiza a lógica, a argumentação e a análise crítica para explorar tópicos como ética, política e epistemologia. Por outro lado, tradições filosóficas não ocidentais, como a filosofia chinesa e indiana, frequentemente priorizam métodos diferentes, como meditação e contemplação, e se concentram em questões espirituais, morais e cosmológicas. Além disso, as influências culturais e históricas únicas moldaram suas respectivas abordagens e conceitos filosóficos, resultando em diversidade e perspectivas distintas nas várias tradições filosóficas ao redor do mundo.



(7) O que a filosofia pode lhe ensinar?


Sobre o universo ao meu redor e o próprio autoconhecimento.



(8) Qual é a sua filosofia ao estudar inglês?


Principalmente, habilitar meu entendimento sobre uma linguagem estrangeira, a qual, neste caso, é amplamente falada no contexto do desenvolvimento de software, área que atuo profissionalmente. Fora isso, também me permitir compreender conteúdos presentes em livros, filmes e séries, sem precisar procurar por versões traduzidas ou dubladas.



(9) Você já leu algum livro de filosofia?


Sim. Inclusive, possuo alguns como. Atualmente, tenho focado nos estóicos, como Sêneca. Recentemente, concluí a leitura de Cartas de um Estóico. Além disso, também possuo um livro bem interessante, o História Ilustrada da Filosofia, que ganhei de presente de uma amiga.



(10) Qual é a filosofia mais básica que os humanos deveriam seguir?


Difícil escolher apenas uma. Dentre elas, podemos citar: Ética e Respeito; Honestidade e Integridade; Justiça e Equidade; Responsabilidade Pessoal; Busca pelo Conhecimento (minha escolha pessoal); Generosidade e Solidariedade; Equilíbrio e Bem-estar; e Respeito ao Meio Ambiente. 



STUDENT B's QUESTIONS


(1) O que exatamente é filosofia?


A Filosofia é uma disciplina intelectual que busca compreender o mundo, a existência humana e as questões fundamentais da vida por meio da reflexão crítica e do questionamento sistemático. Ela explora questões sobre a natureza da realidade, conhecimento, moralidade, significado da vida e muitos outros tópicos complexos, frequentemente desafiando suposições e buscando respostas por meio do raciocínio lógico e do diálogo. A Filosofia não apenas busca respostas, mas também promove a análise profunda, a ampliação da compreensão e o desenvolvimento do pensamento crítico, contribuindo para a reflexão sobre as questões mais profundas e significativas da existência humana.



(2) A filosofia é difícil?


Depende do assunto sendo abordado. Já me deparei com alguns, como os pensamentos de Heidegger, que entendi quase nada. Por outro lado, a filosofia dos estóicos é mais “palpável” e podemos até aplicá-la no nosso cotidiano.



(3) Quem é o maior filósofo que você conhece?


Gosto bastante de Sócrates. Tenho até alguns poemas que fazem menção a ele, como POETA SÓCRATES e SÓCRATES, O PERIGO DO PODER.



(4) Qual é a sua filosofia de educação?


A educação deve ser acessível a todos, independentemente de sua origem, raça, gênero ou condição econômica. Reconhecer que cada aluno é único e tem diferentes estilos de aprendizado, ritmos e necessidades, adaptando o ensino de acordo. A educação deve visar ao desenvolvimento não apenas do conhecimento acadêmico, mas também das habilidades sociais, emocionais e éticas dos alunos. A aprendizagem não deve ser restrita ao ambiente escolar, mas deve ser incentivada ao longo da vida, promovendo a curiosidade e o autodidatismo. A educação deve cultivar a capacidade dos alunos de pensar criticamente, questionar, analisar e resolver problemas. Preparar os alunos para as demandas do mundo em constante mudança, ensinando habilidades práticas e adaptáveis. Promover a compreensão e a apreciação das diversas culturas do mundo e a consciência global. Enfatizar valores éticos e responsabilidade cívica, incentivando os alunos a serem cidadãos ativos e éticos em suas comunidades. Integrar a tecnologia de forma eficaz na educação para melhorar a aprendizagem e a preparação para o mundo digital.



(5) Você acha que a filosofia moderna é diferente da filosofia antiga?


Sim, a filosofia moderna difere da filosofia antiga em vários aspectos. A filosofia antiga, representada por pensadores como Sócrates, Platão e Aristóteles, enfocava questões metafísicas, éticas e epistemológicas, frequentemente explorando a natureza da realidade, da moralidade e do conhecimento. Por outro lado, a filosofia moderna, que surgiu no século XVII com figuras como Descartes, Hobbes e Locke, ampliou seu escopo para incluir questões sobre a mente, o poder político, a ciência e a relação entre indivíduo e sociedade. Além disso, a filosofia moderna estava intrinsecamente ligada ao contexto histórico das mudanças significativas na Europa Ocidental, como o Renascimento, a Reforma Protestante e a Revolução Científica, que influenciaram suas preocupações e métodos. Portanto, enquanto ambas compartilham a busca pelo entendimento e sabedoria, as abordagens e tópicos de interesse da filosofia moderna divergem da filosofia antiga.



(6) Você fica filosófico se bebe álcool?


Sim.



(7) Existe uma ligação entre filosofia e religião?


Sim, existe até uma vertente específica, a Filosofia da Religião, que se dedica ao estudo crítico e reflexivo das questões relacionadas à religião. Ela busca compreender e analisar temas como a existência de Deus, a natureza da fé, o significado do divino, o problema do mal, a relação entre religião e ciência, a moralidade religiosa e outros tópicos relacionados à religião. Através da análise lógica, argumentação e investigação filosófica, a Filosofia da Religião procura aprofundar nosso entendimento das crenças religiosas, examinar suas bases racionais e explorar as implicações filosóficas das diversas tradições religiosas ao redor do mundo. Ela não busca validar ou refutar crenças religiosas específicas, mas sim promover um diálogo crítico e a investigação intelectual das questões religiosas.



(8) Que coisas você acha que estudaria em um curso de filosofia?


Durante o curso de Ciência da Computação, tive contato com a lógica. Porém, meu interesse nessa área seria um pouco mais abrangente, isto é, englobando a História da Filosofia, a fim de aprender um pouco mais sobre cada corrente filosófica.



(9) Somente os intelectuais falam sobre filosofia?


Não. A “Filosofia de Boteco”, por exemplo, busca trazer discussões e debates sobre temas de caráter social, cultural, moral e religioso, mas fora do âmbito acadêmico, isto é, utilizando uma linguagem mais acessível na comunidade.



(10) Será que uma pessoa que vive numa zona rica de Nova Iorque, um habitante da selva e alguém que vive num bairro de lata numa cidade superlotada do mundo em desenvolvimento partilham a mesma filosofia?


Não. Até mesmo pessoas que moram nestes mesmos ambientes podem ter filosofias de vida divergentes.

domingo, 2 de julho de 2023

CARTAS DE UM ESTOICO - SÊNECA

Este livro é uma compilação de cartas escritas pelo filósofo romano Sêneca a seu amigo Lucílio. Nessas cartas, Sêneca aborda uma variedade de tópicos relacionados à filosofia estoica e oferece conselhos práticos sobre como viver uma vida virtuosa e serena. Algumas das principais ideias presentes nele são:

- Aceitação da natureza: Os estoicos acreditavam que devemos aceitar a ordem natural do universo e viver em conformidade com ela. Sêneca enfatiza a importância de se adaptar às circunstâncias e aceitar os eventos que não podemos controlar.

- Desapego material: Sêneca argumenta que a riqueza e os bens materiais não são fontes verdadeiras de felicidade e que devemos aprender a ser felizes com o mínimo necessário. Ele incentiva seu amigo a se libertar do desejo excessivo por luxo e a buscar contentamento interno.

- Domínio das emoções: Uma das principais preocupações dos estoicos era o controle das emoções. Sêneca discute a importância de cultivar a tranquilidade interior e a serenidade, superando a raiva, o medo e a tristeza excessiva. Ele oferece conselhos práticos sobre como lidar com as adversidades e manter a calma em todas as circunstâncias.

- Reflexão sobre a morte: Sêneca aborda repetidamente o tema da morte e argumenta que devemos aceitar sua inevitabilidade. Ele incentiva Lucílio a refletir sobre a brevidade da vida e a viver cada dia como se fosse o último, a fim de aproveitar plenamente o presente.

- Viver de acordo com a razão: Os estoicos enfatizavam a importância de viver de acordo com a razão e a virtude. Sêneca destaca a importância de desenvolver a sabedoria, a justiça, a coragem e a temperança, e de praticar ações virtuosas no dia a dia.

- Aproveitar o presente: Sêneca enfatiza a importância de viver no momento presente, aproveitando o aqui e agora. Ele adverte contra a preocupação excessiva com o passado ou o futuro, e encoraja a apreciação das pequenas alegrias da vida cotidiana.


domingo, 2 de abril de 2023

ESL DISCUSSIONS - DISCUSSÃO


https://esldiscussions.com/d/discussion_questions.html



STUDENT A's QUESTIONS


(1) O que vem à sua mente quando você ouve a palavra ‘discussão’?


Pessoas trocando ideias (de maneira saudável ou não).



(2) O que é uma discussão saudável?


Quando há um consenso, ou quando ambas as partes discordam, porém, apresentam argumentos para defender suas ideias de maneira cordial.



(3) Você gosta de participar de discussões em inglês?


Sim. É algo que faço com frequência nas minhas aulas de inglês.



(4) Você já se envolveu em discussões inúteis?


Muitas vezes. Hoje em dia, procuro me abster quando percebo que determinada discussão não tem futuro.



(5) Você participa de fóruns de discussão na Internet? Eles são bons para o seu inglês?


Não. Eu não utilizo nem Twitter.



(6) Com que frequência você participa de discussões políticas?


Já fui mais participativo, mas, hoje em dia, apenas consumo conteúdo de alguns veículos de comunicação que aprecio.



(7) O que são discussões francas, discussões animadas, discussões breves e discussões longas? Quando foi a última vez que você teve cada um delas?


Francas: Quando há sinceridade, mesmo que isso chateie a outra pessoa; Animada: Quando dos faz rir de felicidade; Breves: Small talks sobre assuntos corriqueiros, como clima; Longas: Sobre assuntos complexos como o universo. Dos tipos de conversas que tive nos últimos tempos, só excluo as longas, pois é difícil encontrar pessoas para tratar deste tipo de assunto.



(8) Que tipo de discussão você acha realmente chata?


Sobre assuntos que não me interessam, como fofocas.



(9) Alguém disse uma vez: "A discussão é uma troca de conhecimento; o argumento é uma troca de ignorância." O que isto significa? Você concorda?


Para mim, quando bem embasado, o argumento é o principal recurso de uma discussão.



(10) Um provérbio chinês diz: "Uma única conversa à mesa com uma pessoa sábia vale um mês de estudo de livros." Você concorda?


Sim. Pode ser que tal conversa sintetize o que diversos livros tentam ensinar.



STUDENT B's QUESTIONS


(1) Você é bom em discutir as coisas?


Depende do assunto, ou seja, se é algo que eu gosto e estudo.



(2) Quais são as diferenças entre discussões, debates e conversas?


Segundo o ChatGPT: Discussão, debate e diálogo são termos que se referem a diferentes formas de comunicação entre pessoas. Embora possam ter algumas semelhanças, cada um desses termos implica uma abordagem e uma intenção distintas. Uma discussão geralmente envolve um conflito ou divergência de opiniões, onde as pessoas apresentam seus argumentos de forma intensa e muitas vezes emocional, buscando convencer os outros a concordarem com suas ideias. As discussões podem ser construtivas se forem realizadas de forma respeitosa e com o objetivo de encontrar uma solução ou um consenso, mas também podem ser destrutivas quando as pessoas se tornam agressivas e desrespeitosas. Já um debate é uma forma mais estruturada de discussão, onde as pessoas apresentam seus argumentos de forma mais organizada e seguindo um conjunto de regras previamente estabelecidas. O objetivo do debate é apresentar pontos de vista diferentes sobre um determinado tema e avaliar a validade de cada argumento. Os debates podem ser bastante formais e serem realizados em ambientes como universidades ou escolas, ou mais informais e acontecerem em grupos de amigos ou em debates políticos. Por fim, um diálogo é uma conversa entre duas ou mais pessoas com o objetivo de compreender e aprender uns com os outros. No diálogo, as pessoas se ouvem atentamente e tentam entender os pontos de vista uns dos outros. O diálogo é uma forma de comunicação mais aberta e flexível do que a discussão ou o debate, pois permite que as pessoas expressem suas opiniões e sentimentos de forma mais livre e sem a necessidade de defender uma posição. Em resumo, enquanto a discussão e o debate geralmente envolvem um conflito ou divergência de ideias, o diálogo se concentra na compreensão e aprendizado mútuo.



(3) Quando foi a última vez que você teve uma discussão acalorada ou animada?


Provavelmente, no período de eleições, no final do ano passado.



(4) Você gosta de assistir a discussões na TV entre um painel de especialistas?


Na verdade, assisto com frequência canais como Galãs Feios, Uol e afins.



(5) Quais são as grandes discussões em seu país no momento?


Principalmente, sobre política. Por exemplo, a volta do Bolsonaro para o Brasil, após ele fugir depois de perder as eleições.



(6) Você gostaria de fazer um curso sobre como se sair bem nas discussões?


Apenas para conhecer melhor os princípios da dialética, não para sair discutindo com as pessoas por motivos banais.



(7) Você faz questão de ter a última palavra em uma discussão?


Não, muito pelo contrário. Se tenho consciência de que um argumento é mais bem embasado do que o meu, tendo a concordar.



(8) Leon Trotsky disse: "Se tivéssemos tido mais tempo para discussão, provavelmente teríamos cometido muito mais erros." Você concorda?


Concordo, porque, geralmente, em discussões mais acaloradas, podemos "perder a linha".



(9) Um provérbio queniano diz: "Ter uma boa discussão é como ter riquezas." Você concorda?


Se for uma discussão saudável, concordo.



(10) Gostou dessa discussão sobre discussões?


Foi interessante para refletir sobre alguns pontos relativos ao assunto.

domingo, 27 de novembro de 2022

O EXISTENCIALISMO É UM HUMANISMO (SARTRE)

"Mas se realmente a existência precede a essência o homem é responsável pelo que é. Assim, a primeira decorrência do existencialismo é colocar todo homem em posse daquilo que ele é, e fazer repousar sobre ele a responsabilidade total por sua existência. E quando dizemos que o homem é responsável por si mesmo, não queremos dizer que ele é responsável estritamente por sua individualidade, mas que é responsável por todos os homens. Há dois sentidos no termo subjetivismo e nossos adversários se aproveitaram desse duplo sentido. (...) Quando dizemos que o homem faz a escolha por si mesmo, entendemos que cada um de nós faz essa escolha, mas, com isso, cada homem escolhe por todos os homens. Com efeito, não existe um de nossos atos sequer que, criando o homem que queremos ser, não crie ao mesmo tempo uma imagem do homem conforme julgamos que deva ser."

domingo, 28 de junho de 2020

MEU AMIGO NIETZSCHE

Sinceramente, não sei porque demorei tanto tempo para assistir esta obra. Me fez lembrar um pouco da época quando meu senso crítico estava começando a florescer, lá pelos meus 17 anos de idade.

* * *

NIETZSCHE: filosofo alemão do século 19. 

LUCAS: estudante brasileiro do século 21. 

O improvável encontro entre os dois será o começo de uma violenta revolução dentro da mente de um garoto, de uma família e de uma sociedade. Ao final ele não será mais um menino, será uma dinamite!

sábado, 7 de dezembro de 2019

A REPÚBLICA - PLATÃO

Decidi ler A República por causa do famoso Mito da Caverna. No entanto, como não tenho condições de adquirir a versão física no momento, decidi recorrer à internet. No final, encontrei uma versão um tanto antiga e que, quando estava concluindo de ler, percebi que não tinha o livro (VII e VIII) no qual o Mito está presente, o que me frustrou bastante.

Enfim, a linguagem é densa e precisarei ler novamente no futuro. Mas, desta vez, apenas a obra completa e que seja referência.


sexta-feira, 29 de novembro de 2019

SASHA SAGAN, FILHA DE CARL SAGAN, FALA SOBRE CIÊNCIA, IMORTALIDADE E SENTIDO DA VIDA

Créditos: Sasha Sagan / Penguin Books.

Questão: Você foi criada em uma casa secular pelo famoso astrônomo Carl Sagan e pela produtora de documentários Ann Druyan – seus pais. Você falava sobre coisas espirituais em família?

Resposta: De certa forma, quase tudo o que conversávamos era “espiritual”. Palavras como “espiritual”, “mágico” e “sagrado” vêm do teísmo, mas também se aplicam a um sentido profundo de significado que podemos obter ao entender nosso lugar no tempo e no espaço como revelado pela ciência. Meus pais me ensinaram que as coisas verificáveis e prováveis não eram menos significativas porque eram apoiadas por evidências, mas eram mais maravilhosas por serem assim. Eles me ensinaram a amar o aprendizado e a enxergar uma profunda compreensão como sendo fonte de admiração.

Contudo, se você quer dizer “espiritualidade” no sentido religioso e teológico, a resposta também é sim – o tempo todo! A religião certamente não foi censurada de nenhuma forma em nossa casa. Frequentemente, tínhamos convidados religiosos para o jantar, incluindo membros do clero, e discutíamos e debatíamos filosofia abertamente. Meus pais queriam que eu entendesse o que as pessoas acreditavam no mundo ao longo do tempo. Meus pais me ensinaram histórias da Bíblia – não como história, mas como pilares importantes da civilização. Eles achavam que, sem aprendê-los, minha educação não chegaria nem perto de ser completa. Quando eu escrevia meu livro, a minha babá, Maruja Farge, que viveu conosco desde que eu tinha seis meses de idade até completar 8 anos, exerceu uma enorme influência sobre mim e foi uma das pessoas que mais amei na vida. Ela era uma católica devota e, às vezes, me levava à Igreja com ela, e eu gostava. Desde muito jovem, eu sabia que as crenças dela eram diferentes das dos meus pais e isso era perfeitamente aceito.

Eu também tinha um conjunto de brinquedos de madeira da Arca de Noé, que eu adorava!


Você disse que seu pai lhe ensinou sobre a imortalidade. O que ele te ensinou?

Ele me ensinou que, na escala do universo, a vida humana é muito curta e que não temos evidências do que acontecerá depois da morte. Vivemos em um pequeno planeta que orbita uma estrela amarela que em, aproximadamente, 5 bilhões de anos implodirá. Vivemos em um universo em que a mudança é constante e, até mesmo, as estrelas morrem. Não temos evidências que sugerem que a imortalidade exista para alguém ou alguma coisa. A vida é finita. E, em parte, porque não é infinita, estarmos vivos, aqui e agora, neste exato momento, é profundamente especial.


Quando criança, você alguma vez sentiu que estava perdendo algo por não fazer parte de uma crença religiosa ou uma Igreja?

Bem, seríamos judeus seculares, então não teria sido uma família de igreja em si, mas não. Talvez teria os mesmos amigos que tive a vida toda. Ainda estamos profundamente próximos, apesar de vivermos distantes. Além da minha família, eu sempre pude contar com o apoio deles para rir e chorar e, graças à tecnologia moderna, todos ainda conversamos constantemente e vemos fotos dos filhos e das viagens uns dos outros. Sinto e sempre me senti parte de uma comunidade por causa deles.


Quando seu pai morreu, você tinha apenas 14 anos, você desejou crer na vida eterna da mesma forma como os cristãos acreditam?

A questão do que acontece depois que morremos atormenta nós humanos, talvez mais do que qualquer outra coisa. Nossa espécie tem criado inúmeras teorias diferentes ao longo dos tempos. Meu pai disse: “Não quero acreditar, quero saber”. Tenho o mesmo pensamento. Isso não quer dizer que tenho total convicção de que não há nada depois da morte, além de um sono sem sonhos. Eu prefiro abster da crença na ausência de evidência, enquanto aguardo na ambiguidade até a minha hora chegar.

Enquanto isso, eu sei que tive muita sorte de ter por 14 anos um pai amoroso, brilhante, interessante e interessado. Não acho que algo deva durar para sempre para ser maravilhoso.


Você publicou recentemente um livro chamado For Small Creatures Such As We: Rituals And Reflections For Finding Wonder. No livro, você descreve rituais e tradições não religiosas criadas para sua própria filha. Você pode nos contar mais sobre isso? Por que você acha que são importantes?

Pessoas seculares também precisam processar as constantes mudanças que compõem a vida na Terra. Também atingimos a maioridade, também nos casamos, também perdemos pessoas que amamos, também queremos alegria nas profundezas do inverno. Muito antes do monoteísmo, as pessoas encontravam inspiração para rituais e feriados no mundo natural, no que hoje chamamos de biologia e astronomia. As mudanças das estações do ano são particularmente populares, geralmente nos solstícios e nos equinócios. Nem sempre sabíamos que eles eram subprodutos da inclinação do eixo da Terra, mas encontramos padrões no mundo: dia e noite, calor e frio, morte e renascimento. Muitos feriados monoteístas modernos são construídos com base nessa relação e no mesmo tempo desses eventos.

A família do meu marido é historicamente cristã. Nossa filha tem um Natal secular todos os anos através deles. E ela recebe uma versão secular do Hanucá parecida com a que tive na minha infância e no meu lado da família.

Não acho que devíamos descartar completamente os rituais de nossos ancestrais porque nossas filosofias não se alinham. Quando acendo um Menorá, eu sinto que estou honrando as pessoas cujos genes eu carrego, mesmo que eu não concorde com a teologia deles.

Também fazemos outra coisa em dezembro, que reflete o que eu e meu marido pensamos ser profundo e significativo.

Para mim, a ideia que depois do solstício de inverno os dias começarão a ficar mais longos, e que depois disso a primavera chegará, acredite ou não, tudo por causa de uma colisão na juventude turbulenta do nosso planeta, há bilhões de anos, é muito poderosa. Nessa noite, acendemos algumas velas, trocamos presentes, fazemos um brinde e tentamos explicar um pouco de astronomia para nossa filha. Dessa forma, celebramos as notícias intrinsecamente boas de que, não importa o quê, amanhã a luz começará a voltar.


Seu livro fala sobre como misturar ciência e espiritualidade. O que é espiritualidade para você? Explique como uma pessoa não religiosa pode ser espiritual.

Bem, eu mencionei acima, pode estar faltando uma palavra na língua inglesa para isso.

Na maior parte da história, quanto mais conseguíamos entender sobre a natureza, como as mudanças das estações, as fases da lua, o nascimento e a morte, mais pensávamos que melhor entendíamos nossos deuses. Em algum lugar ao longo do caminho, surgiu um conflito: a ciência e a “espiritualidade” se separaram, mas isso é relativamente recente na cena da história de nossa espécie.

Escrevi em meu livro que, quando eu era jovem, meus pais me ensinaram que existia um código secreto em meu sangue que me conectava a meus antepassados, a pessoas cujos nomes eu nunca conheceria, mas de quem eu carregava uma pequena parte dentro de mim. O DNA é verificável, acreditando ou não. Não requer fé. E fornece essa emoção arrepiante – a sensação de fazer parte da grandiosidade da interconexão de tudo isso. Eu sinto o mesmo sobre nosso lugar no universo. Durante muito tempo, nós humanos assumimos que éramos o centro de tudo, mas quanto mais aprendemos, mais percebemos que somos uma parte minúscula da vastidão. Como é surpreendente e inspirador para nossa espécie começar a entender o quão enorme é o universo ou que as células do nosso corpo vieram de estrelas a muitos anos-luz de distância. Para mim, como meus pais e muitas pessoas seculares, esse tipo de ideia evoca os mesmos sentimentos que os devotos podem derivar da religião.


Em sua opinião, qual é o sentido da vida? O que seu livro nos diz sobre isso?

Longe de responder a essa pergunta para alguém. Para mim, é o amor que sinto por meu marido, por nossa filha, por nossa família e amigos. Sentindo aqueles momentos de alegria e apreço por estar vivo. É também o profundo sentimento de satisfação que tenho ao aprender o máximo que posso, ao entender, ao conectar os pontos, ao compreender como a vida é interdependente em nosso planeta. São revelações em um sentido diferente da palavra, penso eu. Também deduzo que o sentido surja do trabalho visando construir um mundo como eu gostaria que fosse, seja por meio de voluntariado, protesto ou doação.

O que mais admiro na religião organizada é a expectativa social de fazer boas obras. E penso que, tanto para aqueles que não acreditam que exista uma rede de segurança moral como para quem acredita que tudo acontece por uma razão, também precisamos entender que é nosso dever trabalhar para construir um mundo mundo mais justo.


Você recomendaria este livro para pessoas religiosas? O que elas acharão do livro?

Muitas pessoas com quem convivo são religiosamente devotas, especialmente membros de várias denominações cristãs. Eu os amo e pensei neles com frequência enquanto escrevia meu livro. Eu não acho que entender os padrões e ritmos da vida na Terra, como eles acontecem e como os humanos os celebram e honraram ao longo do tempo, seja menos interessante para as pessoas que têm uma fé profunda.


Agradeço por escrever um livro que nos dá mais informações sobre a mente de Carl Sagan e sobre um belo relacionamento entre pai e filha. O que você espera que os leitores aprendam com seu livro?

Espero que aprendam que os elementos prováveis e verificáveis da natureza, revelados pela ciência, possam proporcionar esse profundo senso de beleza e alegria. Isso não importa em que você acredita, não importa quais sejam as especificidades de seus costumes ou teologia, em todo o mundo e ao longo do tempo estamos comemorando e marcando as mesmas mudanças: nascimentos, maioridade, morte, estações de ano que passam, etc. Todos nós estamos tentando encontrar o sentido de estarmos vivos neste planeta e processar as infinitas mudanças que compõem nossas vidas.


O que você faz quando não está escrevendo?

Sou mãe de uma menininha muito amável e muito tagarela e esposa de um homem amável por quem me apaixonei a maior parte de minha vida adulta. Viajamos, lemos, fazemos pequenas aventuras a lugares como museus e aquários. Tem sido mais difícil nos últimos anos, mas tento trabalhar voluntariamente sempre que posso. Na verdade, somos muito fortes, eu juro!

segunda-feira, 22 de julho de 2019

CRASH COURSE PHILOSOPHY

Meta para as férias: Terminar de assistir toda esta playlist para complementar os meus conhecimentos sobre Filosofia.

* * *

In 46 episodes, Hank Green will teach you philosophy! This course is based on an introductory Western philosophy college level curriculum.

By the end of the course, you will be able to: 
 
* Examine topics like the self, ethics, religion, language, art, death, politics, and knowledge through a philosophical perspective 
 
* Craft arguments, apply deductive and inductive reasoning, and identify fallacies 
 
* Understand the perspectives and major theories proposed by various philosophers throughout history 
 
* Apply philosophical ideas to ethical questions in modern society 
 
* Consider your personal values and approach to life

sexta-feira, 5 de julho de 2019

ZINE PROTESTIZANDO #30

Depois de um bom tempo sem publicar o (fan)zine PROTESTIZANDO, estou de volta com a trigésima edição, que conta com alguns poemas sobre temas existenciais e sociais.


sábado, 8 de junho de 2019

ALUMINIONS #372

Sem essa de suprimir ou neutralizar minhas opiniões com a simples finalidade de atrair e agradar seguidores. A arte em si, para mim, já é uma finalidade, e a minha sempre será engajada, com o objetivo de expor minhas ideias em relação ao sistema.

Libertação animal. Libertação humana.

sábado, 23 de março de 2019

sábado, 16 de fevereiro de 2019

terça-feira, 12 de fevereiro de 2019

O GUIA DO MOCHILEIRO DAS GALÁXIAS - DOUGLAS ADAMS

Existem livros que eu me envergonho um pouco de nunca ter lido, e este é um deles. 

O Guia do Mochileiro das Galáxias compõe a série de livros do Guia Definitivo do Mochileiro das Galáxias, de Douglas Adams, que estou lendo atualmente. Um prato cheio para pessoas que se interessam por física, astronomia e filosofia. Tudo isso, temperado com uma boa pitada de humor.

Parto agora para O Restaurante no Fim do Universo.


segunda-feira, 21 de janeiro de 2019

THE GREAT IDEAS OF PHILOSOPHY

Humanity left childhood and entered the troubled but productive world when it started to criticize its own certainties and weigh the worthiness of its most secure beliefs. Thus began that "Long Debate" on the nature of truth, the scale of real values, the life one should aspire to live, the character of justice, the sources of law, the terms of civic and political life—the good, the better, the best.


The debate continues, and one remains aloof to it at a very heavy price, for "the unexamined life is not worth living."

This course of 60 lectures gives the student a sure guide and interpreter as the major themes within the Long Debate are presented and considered. The persistent themes are understood as problems:

- The problem of knowledge, arising from concerns as to how or whether we come to know anything, and are justified in our belief that this knowledge is valid and sound
- The problem of conduct, arising from the recognition that our actions, too, require some sort of justification in light of our moral and ethical sensibilities—or lack of them
- The problem of governance, which includes an understanding of sources of law and its binding nature.

The great speculators of history have exhausted themselves on these problems and have bequeathed to us a storehouse of insights, some so utterly persuasive as to have shaped thought itself. In these coherent and beautifully articulated lectures you will hear Plato and Aristotle, the Stoics and Epicureans, the Scholastic philosophers and the leaders of Renaissance thought.

In addition, you will learn about the architects of the Age of Newton and the Enlightenment that followed in its wake—all this, as well as Romanticism and Continental thought, Nietzsche and Darwin, Freud and William James. This course is a veritable banquet of enriching reflection on mental life and the acts of humanity that proceed from it: the plans and purposes, the values and beliefs, the possibilities and vulnerabilities.

Some of What You Will Learn

In these lectures you will:

Explore three basic philosophical questions: What can I know? How should I behave? Is this tribe or polis able to preserve our knowledge, protect our interests, lead us to a more meaningful life?
Understand why we should aspire to moral excellence through habitual striving and a devotion to self-perfection, and how we might attain a flourishing form of life.
Explore the four assessments of what constitutes the good life. These have come and gone over the course of time in many forms.

The titles of the lectures in this course reveal its scope. In every lecture, there is substance that can change your view of the world and its history.

You will see the creation of rational thought. Dr. Daniel N. Robinson addresses in one lecture why such a rich tapestry of thought would begin in ancient Greece and why, weaved together during the lives of three specific men, it would never be equaled.

Most famous was Socrates, the pagan philosopher whom St. Augustine would revere because he was willing to die for truth. Socrates's student, Plato, wrote so powerfully on almost every issue in philosophy that Alfred North Whitehead later commented that all of Western philosophy was a footnote to Plato. (But British philosopher and mathematician Bertrand Russell described Plato as a "garden-variety" Fascist.)

How We Live Determines Character

Aristotle, Plato's student, had possibly the most fruitful mind in human history. He laid the foundations for virtually every science, and his treatises on friendship and the good life have never been surpassed. As Dr. Robinson concludes: "Aristotle makes quite clear that our character is shaped by our works. That is, we make ourselves into the sorts of beings we are in virtue of the manner in which we conduct our lives."

After Greece, the lectures explore the beginnings of Christian philosophy in the work of the Roman Stoics, the exceptional debt of civilization to Roman law and to Islamic scholars who preserved and extended Greek thought while Europe became a backwater in the Dark Ages.

Early in the 17th century, Francis Bacon defends the scientific mode of knowledge. Experience and not speculation is the central source of learning. He observed that "words are but the pictures of matter," and that to fall in love with words was as mistaken as to "fall in love with a picture."

Bacon's program to rely on experience was not embraced by the genius René Descartes, inventor of analytic geometry, whose division of the mind and the body has been a rupture in Western philosophy ever since. Professor Robinson describes one reply to Descartes' proof of his own existence:

"The Scottish 'commonsense' philosopher Thomas Reid is kidding around a bit when he gets to Descartes' famous 'Cogito, ergo sum.' Descartes would not accept his own existence until he could come up with a very good rational argument that culminates in a conclusion that he exists. Reid says a man who disbelieves his own existence is no more fit to be reasoned with than one who thinks he's made of glass."

Ideas Engender Democracy

The course carefully examines the ideas of Hobbes, Locke, Rousseau, and Reid, and the impact of those ideas on governments—particularly on the new democracy in America.

The Enlightenment program of scientific knowledge undermined the possibility of human freedom because a world completely determined by material causes made freedom an illusion. The course examines the ongoing debate, exemplified by the conflict between Hume and Kant, over whether there can be any truly moral acts taken in a causally determined world.

And the course shows how this debate is amplified in the German Romantic thought of Goethe and Schiller, in which freedom becomes the defining feature of human being. In Nietzsche, the lectures show how the argument for freedom takes on a full, dark, and possibly more honest aspect.

The course also examines the collision between the inherently social understanding of meaning created by Wittgenstein and the vastly different estimation of human thought created by the code-breaking genius Alan Turing—and the subtle reply to him from American philosopher John Searle.

Further lectures, unique to the second edition of this course, examine the concept of reality itself:

- Do ideas of natural law and moral reality exist in the larger universe, independent of us or our sentiments?
- How should moral problems affect medical and ethical decisions?
- Is war ever justified?

You will see how natural law theory has evolved through the Enlightenment and the writings of Jeremy Bentham and John Austin, among others. Theories of a "just" war, beginning with St. Augustine and including St. Thomas Aquinas and Francisco Suarez, set forth the principles by which engaging in and conducting war are justified.

Finally, after exploring the concepts of aesthetics and beauty, we take a concluding look at history's greatest theological debates about the existence of God.

A Great Teacher

This course is the integration of a lifelong student of these issues who has thought and published in every area covered by these lectures. Professor Robinson is one of those rare teachers whose tremendous respect for his audience, vast expertise, relish for language, and engaging rhetorical flair create an exceptionally enjoyable learning environment.

Dr. Robinson's lectures make the ideas of philosophy thrilling, passionate, human, and divine. Customers agree: "Professor Robinson explains multiple disciplines like no one since Aristotle. His scope is awesome. A professor's professor." Another writes: "Enjoying these tapes is one of the most rewarding experiences of my life at this time."