Nesta edição, publico alguns dos meus poemas de cunho mais subversivo, abordando temas contemporâneos.
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quarta-feira, 18 de dezembro de 2019
sexta-feira, 29 de novembro de 2019
SASHA SAGAN, FILHA DE CARL SAGAN, FALA SOBRE CIÊNCIA, IMORTALIDADE E SENTIDO DA VIDA
Questão: Você foi criada em uma casa secular pelo famoso astrônomo Carl Sagan e pela produtora de documentários Ann Druyan – seus pais. Você falava sobre coisas espirituais em família?
Resposta: De certa forma, quase tudo o que conversávamos era “espiritual”. Palavras como “espiritual”, “mágico” e “sagrado” vêm do teísmo, mas também se aplicam a um sentido profundo de significado que podemos obter ao entender nosso lugar no tempo e no espaço como revelado pela ciência. Meus pais me ensinaram que as coisas verificáveis e prováveis não eram menos significativas porque eram apoiadas por evidências, mas eram mais maravilhosas por serem assim. Eles me ensinaram a amar o aprendizado e a enxergar uma profunda compreensão como sendo fonte de admiração.
Contudo, se você quer dizer “espiritualidade” no sentido religioso e teológico, a resposta também é sim – o tempo todo! A religião certamente não foi censurada de nenhuma forma em nossa casa. Frequentemente, tínhamos convidados religiosos para o jantar, incluindo membros do clero, e discutíamos e debatíamos filosofia abertamente. Meus pais queriam que eu entendesse o que as pessoas acreditavam no mundo ao longo do tempo. Meus pais me ensinaram histórias da Bíblia – não como história, mas como pilares importantes da civilização. Eles achavam que, sem aprendê-los, minha educação não chegaria nem perto de ser completa. Quando eu escrevia meu livro, a minha babá, Maruja Farge, que viveu conosco desde que eu tinha seis meses de idade até completar 8 anos, exerceu uma enorme influência sobre mim e foi uma das pessoas que mais amei na vida. Ela era uma católica devota e, às vezes, me levava à Igreja com ela, e eu gostava. Desde muito jovem, eu sabia que as crenças dela eram diferentes das dos meus pais e isso era perfeitamente aceito.
Eu também tinha um conjunto de brinquedos de madeira da Arca de Noé, que eu adorava!
Você disse que seu pai lhe ensinou sobre a imortalidade. O que ele te ensinou?
Ele me ensinou que, na escala do universo, a vida humana é muito curta e que não temos evidências do que acontecerá depois da morte. Vivemos em um pequeno planeta que orbita uma estrela amarela que em, aproximadamente, 5 bilhões de anos implodirá. Vivemos em um universo em que a mudança é constante e, até mesmo, as estrelas morrem. Não temos evidências que sugerem que a imortalidade exista para alguém ou alguma coisa. A vida é finita. E, em parte, porque não é infinita, estarmos vivos, aqui e agora, neste exato momento, é profundamente especial.
Quando criança, você alguma vez sentiu que estava perdendo algo por não fazer parte de uma crença religiosa ou uma Igreja?
Bem, seríamos judeus seculares, então não teria sido uma família de igreja em si, mas não. Talvez teria os mesmos amigos que tive a vida toda. Ainda estamos profundamente próximos, apesar de vivermos distantes. Além da minha família, eu sempre pude contar com o apoio deles para rir e chorar e, graças à tecnologia moderna, todos ainda conversamos constantemente e vemos fotos dos filhos e das viagens uns dos outros. Sinto e sempre me senti parte de uma comunidade por causa deles.
Quando seu pai morreu, você tinha apenas 14 anos, você desejou crer na vida eterna da mesma forma como os cristãos acreditam?
A questão do que acontece depois que morremos atormenta nós humanos, talvez mais do que qualquer outra coisa. Nossa espécie tem criado inúmeras teorias diferentes ao longo dos tempos. Meu pai disse: “Não quero acreditar, quero saber”. Tenho o mesmo pensamento. Isso não quer dizer que tenho total convicção de que não há nada depois da morte, além de um sono sem sonhos. Eu prefiro abster da crença na ausência de evidência, enquanto aguardo na ambiguidade até a minha hora chegar.
Enquanto isso, eu sei que tive muita sorte de ter por 14 anos um pai amoroso, brilhante, interessante e interessado. Não acho que algo deva durar para sempre para ser maravilhoso.
Você publicou recentemente um livro chamado For Small Creatures Such As We: Rituals And Reflections For Finding Wonder. No livro, você descreve rituais e tradições não religiosas criadas para sua própria filha. Você pode nos contar mais sobre isso? Por que você acha que são importantes?
Pessoas seculares também precisam processar as constantes mudanças que compõem a vida na Terra. Também atingimos a maioridade, também nos casamos, também perdemos pessoas que amamos, também queremos alegria nas profundezas do inverno. Muito antes do monoteísmo, as pessoas encontravam inspiração para rituais e feriados no mundo natural, no que hoje chamamos de biologia e astronomia. As mudanças das estações do ano são particularmente populares, geralmente nos solstícios e nos equinócios. Nem sempre sabíamos que eles eram subprodutos da inclinação do eixo da Terra, mas encontramos padrões no mundo: dia e noite, calor e frio, morte e renascimento. Muitos feriados monoteístas modernos são construídos com base nessa relação e no mesmo tempo desses eventos.
A família do meu marido é historicamente cristã. Nossa filha tem um Natal secular todos os anos através deles. E ela recebe uma versão secular do Hanucá parecida com a que tive na minha infância e no meu lado da família.
Não acho que devíamos descartar completamente os rituais de nossos ancestrais porque nossas filosofias não se alinham. Quando acendo um Menorá, eu sinto que estou honrando as pessoas cujos genes eu carrego, mesmo que eu não concorde com a teologia deles.
Também fazemos outra coisa em dezembro, que reflete o que eu e meu marido pensamos ser profundo e significativo.
Para mim, a ideia que depois do solstício de inverno os dias começarão a ficar mais longos, e que depois disso a primavera chegará, acredite ou não, tudo por causa de uma colisão na juventude turbulenta do nosso planeta, há bilhões de anos, é muito poderosa. Nessa noite, acendemos algumas velas, trocamos presentes, fazemos um brinde e tentamos explicar um pouco de astronomia para nossa filha. Dessa forma, celebramos as notícias intrinsecamente boas de que, não importa o quê, amanhã a luz começará a voltar.
Seu livro fala sobre como misturar ciência e espiritualidade. O que é espiritualidade para você? Explique como uma pessoa não religiosa pode ser espiritual.
Bem, eu mencionei acima, pode estar faltando uma palavra na língua inglesa para isso.
Na maior parte da história, quanto mais conseguíamos entender sobre a natureza, como as mudanças das estações, as fases da lua, o nascimento e a morte, mais pensávamos que melhor entendíamos nossos deuses. Em algum lugar ao longo do caminho, surgiu um conflito: a ciência e a “espiritualidade” se separaram, mas isso é relativamente recente na cena da história de nossa espécie.
Escrevi em meu livro que, quando eu era jovem, meus pais me ensinaram que existia um código secreto em meu sangue que me conectava a meus antepassados, a pessoas cujos nomes eu nunca conheceria, mas de quem eu carregava uma pequena parte dentro de mim. O DNA é verificável, acreditando ou não. Não requer fé. E fornece essa emoção arrepiante – a sensação de fazer parte da grandiosidade da interconexão de tudo isso. Eu sinto o mesmo sobre nosso lugar no universo. Durante muito tempo, nós humanos assumimos que éramos o centro de tudo, mas quanto mais aprendemos, mais percebemos que somos uma parte minúscula da vastidão. Como é surpreendente e inspirador para nossa espécie começar a entender o quão enorme é o universo ou que as células do nosso corpo vieram de estrelas a muitos anos-luz de distância. Para mim, como meus pais e muitas pessoas seculares, esse tipo de ideia evoca os mesmos sentimentos que os devotos podem derivar da religião.
Em sua opinião, qual é o sentido da vida? O que seu livro nos diz sobre isso?
Longe de responder a essa pergunta para alguém. Para mim, é o amor que sinto por meu marido, por nossa filha, por nossa família e amigos. Sentindo aqueles momentos de alegria e apreço por estar vivo. É também o profundo sentimento de satisfação que tenho ao aprender o máximo que posso, ao entender, ao conectar os pontos, ao compreender como a vida é interdependente em nosso planeta. São revelações em um sentido diferente da palavra, penso eu. Também deduzo que o sentido surja do trabalho visando construir um mundo como eu gostaria que fosse, seja por meio de voluntariado, protesto ou doação.
O que mais admiro na religião organizada é a expectativa social de fazer boas obras. E penso que, tanto para aqueles que não acreditam que exista uma rede de segurança moral como para quem acredita que tudo acontece por uma razão, também precisamos entender que é nosso dever trabalhar para construir um mundo mundo mais justo.
Você recomendaria este livro para pessoas religiosas? O que elas acharão do livro?
Muitas pessoas com quem convivo são religiosamente devotas, especialmente membros de várias denominações cristãs. Eu os amo e pensei neles com frequência enquanto escrevia meu livro. Eu não acho que entender os padrões e ritmos da vida na Terra, como eles acontecem e como os humanos os celebram e honraram ao longo do tempo, seja menos interessante para as pessoas que têm uma fé profunda.
Agradeço por escrever um livro que nos dá mais informações sobre a mente de Carl Sagan e sobre um belo relacionamento entre pai e filha. O que você espera que os leitores aprendam com seu livro?
Espero que aprendam que os elementos prováveis e verificáveis da natureza, revelados pela ciência, possam proporcionar esse profundo senso de beleza e alegria. Isso não importa em que você acredita, não importa quais sejam as especificidades de seus costumes ou teologia, em todo o mundo e ao longo do tempo estamos comemorando e marcando as mesmas mudanças: nascimentos, maioridade, morte, estações de ano que passam, etc. Todos nós estamos tentando encontrar o sentido de estarmos vivos neste planeta e processar as infinitas mudanças que compõem nossas vidas.
O que você faz quando não está escrevendo?
Sou mãe de uma menininha muito amável e muito tagarela e esposa de um homem amável por quem me apaixonei a maior parte de minha vida adulta. Viajamos, lemos, fazemos pequenas aventuras a lugares como museus e aquários. Tem sido mais difícil nos últimos anos, mas tento trabalhar voluntariamente sempre que posso. Na verdade, somos muito fortes, eu juro!
domingo, 14 de abril de 2019
sábado, 16 de fevereiro de 2019
sábado, 2 de fevereiro de 2019
segunda-feira, 21 de janeiro de 2019
THE GREAT IDEAS OF PHILOSOPHY
Humanity left childhood and entered the troubled but productive world when it started to criticize its own certainties and weigh the worthiness of its most secure beliefs. Thus began that "Long Debate" on the nature of truth, the scale of real values, the life one should aspire to live, the character of justice, the sources of law, the terms of civic and political life—the good, the better, the best.
The debate continues, and one remains aloof to it at a very heavy price, for "the unexamined life is not worth living."
This course of 60 lectures gives the student a sure guide and interpreter as the major themes within the Long Debate are presented and considered. The persistent themes are understood as problems:
- The problem of knowledge, arising from concerns as to how or whether we come to know anything, and are justified in our belief that this knowledge is valid and sound
- The problem of conduct, arising from the recognition that our actions, too, require some sort of justification in light of our moral and ethical sensibilities—or lack of them
- The problem of governance, which includes an understanding of sources of law and its binding nature.
The great speculators of history have exhausted themselves on these problems and have bequeathed to us a storehouse of insights, some so utterly persuasive as to have shaped thought itself. In these coherent and beautifully articulated lectures you will hear Plato and Aristotle, the Stoics and Epicureans, the Scholastic philosophers and the leaders of Renaissance thought.
In addition, you will learn about the architects of the Age of Newton and the Enlightenment that followed in its wake—all this, as well as Romanticism and Continental thought, Nietzsche and Darwin, Freud and William James. This course is a veritable banquet of enriching reflection on mental life and the acts of humanity that proceed from it: the plans and purposes, the values and beliefs, the possibilities and vulnerabilities.
Some of What You Will Learn
In these lectures you will:
Explore three basic philosophical questions: What can I know? How should I behave? Is this tribe or polis able to preserve our knowledge, protect our interests, lead us to a more meaningful life?
Understand why we should aspire to moral excellence through habitual striving and a devotion to self-perfection, and how we might attain a flourishing form of life.
Explore the four assessments of what constitutes the good life. These have come and gone over the course of time in many forms.
The titles of the lectures in this course reveal its scope. In every lecture, there is substance that can change your view of the world and its history.
You will see the creation of rational thought. Dr. Daniel N. Robinson addresses in one lecture why such a rich tapestry of thought would begin in ancient Greece and why, weaved together during the lives of three specific men, it would never be equaled.
Most famous was Socrates, the pagan philosopher whom St. Augustine would revere because he was willing to die for truth. Socrates's student, Plato, wrote so powerfully on almost every issue in philosophy that Alfred North Whitehead later commented that all of Western philosophy was a footnote to Plato. (But British philosopher and mathematician Bertrand Russell described Plato as a "garden-variety" Fascist.)
How We Live Determines Character
Aristotle, Plato's student, had possibly the most fruitful mind in human history. He laid the foundations for virtually every science, and his treatises on friendship and the good life have never been surpassed. As Dr. Robinson concludes: "Aristotle makes quite clear that our character is shaped by our works. That is, we make ourselves into the sorts of beings we are in virtue of the manner in which we conduct our lives."
After Greece, the lectures explore the beginnings of Christian philosophy in the work of the Roman Stoics, the exceptional debt of civilization to Roman law and to Islamic scholars who preserved and extended Greek thought while Europe became a backwater in the Dark Ages.
Early in the 17th century, Francis Bacon defends the scientific mode of knowledge. Experience and not speculation is the central source of learning. He observed that "words are but the pictures of matter," and that to fall in love with words was as mistaken as to "fall in love with a picture."
Bacon's program to rely on experience was not embraced by the genius René Descartes, inventor of analytic geometry, whose division of the mind and the body has been a rupture in Western philosophy ever since. Professor Robinson describes one reply to Descartes' proof of his own existence:
"The Scottish 'commonsense' philosopher Thomas Reid is kidding around a bit when he gets to Descartes' famous 'Cogito, ergo sum.' Descartes would not accept his own existence until he could come up with a very good rational argument that culminates in a conclusion that he exists. Reid says a man who disbelieves his own existence is no more fit to be reasoned with than one who thinks he's made of glass."
The debate continues, and one remains aloof to it at a very heavy price, for "the unexamined life is not worth living."
This course of 60 lectures gives the student a sure guide and interpreter as the major themes within the Long Debate are presented and considered. The persistent themes are understood as problems:
- The problem of knowledge, arising from concerns as to how or whether we come to know anything, and are justified in our belief that this knowledge is valid and sound
- The problem of conduct, arising from the recognition that our actions, too, require some sort of justification in light of our moral and ethical sensibilities—or lack of them
- The problem of governance, which includes an understanding of sources of law and its binding nature.
The great speculators of history have exhausted themselves on these problems and have bequeathed to us a storehouse of insights, some so utterly persuasive as to have shaped thought itself. In these coherent and beautifully articulated lectures you will hear Plato and Aristotle, the Stoics and Epicureans, the Scholastic philosophers and the leaders of Renaissance thought.
In addition, you will learn about the architects of the Age of Newton and the Enlightenment that followed in its wake—all this, as well as Romanticism and Continental thought, Nietzsche and Darwin, Freud and William James. This course is a veritable banquet of enriching reflection on mental life and the acts of humanity that proceed from it: the plans and purposes, the values and beliefs, the possibilities and vulnerabilities.
Some of What You Will Learn
In these lectures you will:
Explore three basic philosophical questions: What can I know? How should I behave? Is this tribe or polis able to preserve our knowledge, protect our interests, lead us to a more meaningful life?
Understand why we should aspire to moral excellence through habitual striving and a devotion to self-perfection, and how we might attain a flourishing form of life.
Explore the four assessments of what constitutes the good life. These have come and gone over the course of time in many forms.
The titles of the lectures in this course reveal its scope. In every lecture, there is substance that can change your view of the world and its history.
You will see the creation of rational thought. Dr. Daniel N. Robinson addresses in one lecture why such a rich tapestry of thought would begin in ancient Greece and why, weaved together during the lives of three specific men, it would never be equaled.
Most famous was Socrates, the pagan philosopher whom St. Augustine would revere because he was willing to die for truth. Socrates's student, Plato, wrote so powerfully on almost every issue in philosophy that Alfred North Whitehead later commented that all of Western philosophy was a footnote to Plato. (But British philosopher and mathematician Bertrand Russell described Plato as a "garden-variety" Fascist.)
How We Live Determines Character
Aristotle, Plato's student, had possibly the most fruitful mind in human history. He laid the foundations for virtually every science, and his treatises on friendship and the good life have never been surpassed. As Dr. Robinson concludes: "Aristotle makes quite clear that our character is shaped by our works. That is, we make ourselves into the sorts of beings we are in virtue of the manner in which we conduct our lives."
After Greece, the lectures explore the beginnings of Christian philosophy in the work of the Roman Stoics, the exceptional debt of civilization to Roman law and to Islamic scholars who preserved and extended Greek thought while Europe became a backwater in the Dark Ages.
Early in the 17th century, Francis Bacon defends the scientific mode of knowledge. Experience and not speculation is the central source of learning. He observed that "words are but the pictures of matter," and that to fall in love with words was as mistaken as to "fall in love with a picture."
Bacon's program to rely on experience was not embraced by the genius René Descartes, inventor of analytic geometry, whose division of the mind and the body has been a rupture in Western philosophy ever since. Professor Robinson describes one reply to Descartes' proof of his own existence:
"The Scottish 'commonsense' philosopher Thomas Reid is kidding around a bit when he gets to Descartes' famous 'Cogito, ergo sum.' Descartes would not accept his own existence until he could come up with a very good rational argument that culminates in a conclusion that he exists. Reid says a man who disbelieves his own existence is no more fit to be reasoned with than one who thinks he's made of glass."
Ideas Engender Democracy
The course carefully examines the ideas of Hobbes, Locke, Rousseau, and Reid, and the impact of those ideas on governments—particularly on the new democracy in America.
The Enlightenment program of scientific knowledge undermined the possibility of human freedom because a world completely determined by material causes made freedom an illusion. The course examines the ongoing debate, exemplified by the conflict between Hume and Kant, over whether there can be any truly moral acts taken in a causally determined world.
And the course shows how this debate is amplified in the German Romantic thought of Goethe and Schiller, in which freedom becomes the defining feature of human being. In Nietzsche, the lectures show how the argument for freedom takes on a full, dark, and possibly more honest aspect.
The course also examines the collision between the inherently social understanding of meaning created by Wittgenstein and the vastly different estimation of human thought created by the code-breaking genius Alan Turing—and the subtle reply to him from American philosopher John Searle.
Further lectures, unique to the second edition of this course, examine the concept of reality itself:
- Do ideas of natural law and moral reality exist in the larger universe, independent of us or our sentiments?
- How should moral problems affect medical and ethical decisions?
- Is war ever justified?
You will see how natural law theory has evolved through the Enlightenment and the writings of Jeremy Bentham and John Austin, among others. Theories of a "just" war, beginning with St. Augustine and including St. Thomas Aquinas and Francisco Suarez, set forth the principles by which engaging in and conducting war are justified.
Finally, after exploring the concepts of aesthetics and beauty, we take a concluding look at history's greatest theological debates about the existence of God.
A Great Teacher
This course is the integration of a lifelong student of these issues who has thought and published in every area covered by these lectures. Professor Robinson is one of those rare teachers whose tremendous respect for his audience, vast expertise, relish for language, and engaging rhetorical flair create an exceptionally enjoyable learning environment.
Dr. Robinson's lectures make the ideas of philosophy thrilling, passionate, human, and divine. Customers agree: "Professor Robinson explains multiple disciplines like no one since Aristotle. His scope is awesome. A professor's professor." Another writes: "Enjoying these tapes is one of the most rewarding experiences of my life at this time."
This course is the integration of a lifelong student of these issues who has thought and published in every area covered by these lectures. Professor Robinson is one of those rare teachers whose tremendous respect for his audience, vast expertise, relish for language, and engaging rhetorical flair create an exceptionally enjoyable learning environment.
Dr. Robinson's lectures make the ideas of philosophy thrilling, passionate, human, and divine. Customers agree: "Professor Robinson explains multiple disciplines like no one since Aristotle. His scope is awesome. A professor's professor." Another writes: "Enjoying these tapes is one of the most rewarding experiences of my life at this time."
segunda-feira, 17 de setembro de 2018
sexta-feira, 3 de agosto de 2018
segunda-feira, 7 de maio de 2018
domingo, 18 de março de 2018
COMO VEJO O MUNDO - ALBERT EINSTEIN
Alguns excertos desta obra inspiradora, que foi a minha segunda leitura do ano:
"Em compensação, fora ideias que suscitaram meus esforços e me permitiram viver. Chamam-se o bem, a beleza, a verdade. Se não me identifico com outras sensibilidades semelhantes à minha e se não me obstino incansavelmente em perseguir este ideal eternamente inacessível na arte e na ciência, a vida perde todo o sentido para mim. Ora, a humanidade se apaixona por finalidades irrisórias que têm por nome a riqueza, a glória, o luxo. Desde moço já as desprezava."
"O mistério da vida me causa a mais forte emoção. É o sentimento que suscita a beleza e a verdade, cria a arte e a ciência. Se alguém não conhece esta sensação ou não pode mais experimentar o espanto ou surpresa, já é um morto-vivo e seus olhos se cegaram."
"A falta de pessoas de gênio nota-se tragicamente no mundo estético. Pintura e música degeneram e os homens são menos sensíveis. Os chefes políticos não existem e os cidadãos fazem pouco caso de sua independência intelectual e da necessidade de um direito moral. As organizações comunitárias democráticas e parlamentares, privadas dos fundamentos de valor, estão decadentes em numerosos países. Então aparecem as ditaduras. São toleradas porque o respeito da pessoa e o senso social estão agonizantes ou já mortos."
"Mas, fazer desaparecer obstáculos não conduz automaticamente ao progresso moral da existência social e individual. Esta ação negativa exige, além disso, uma vontade positiva para a organização moral da vida coletiva. Esta dupla ação, de extrema importância, arrancar as más raízes e implantar a nova moral, constituirá a vida social da humanidade."
"Não basta ensinar ao homem uma especialidade, porque ele se tornará assim uma máquina utilizável, mas não uma personalidade. É necessário que ele adquira um sentimento, um senso prático daquilo que vale a pena ser empreendido, daquilo que é belo, do que é moralmente correto. A não ser assim, ele se assemelhará, com seus conhecimentos profissionais, mais a um cão ensinado do que a uma criatura harmoniosamente desenvolvida. Deve aprender a compreender as motivações dos homens, suas quimeras e suas angústias para determinar com exatidão seu lugar exato em relação a seus próximos e à comunidade.
Essas reflexões essenciais, comunicadas à jovem geração graças aos contatos vivos com os professores, de forma alguma se encontram escritas nos manuais. É assim que se expressa e se forma de início toda a cultura. Quando aconselho com ardor ‘as humanidades’, quero recomendar esta cultura viva, e não um saber fossilizado, sobretudo em história e filosofia.
Os excessos do sistema de competição e especialização prematura, sob o falacioso pretexto de eficácia, assassinaram o espírito, impossibilitaram qualquer vida cultural e chegam a suprimir os progressos nas ciências do futuro. É preciso, enfim, tendo em vista a realização de uma educação perfeita, desenvolver o espírito crítico na inteligência do jovem. Ora, a sobrecarga do espírito pelo sistema de notas entrava e necessariamente transforma a pesquisa em superficialidade e falta de cultura. O ensino deveria ser assim: quem o recebe o recolha como dom inestimável, mas nunca como uma obrigação penosa."
"É tarefa essencial do professor despertar a alegria de trabalhar e de conhecer. Caros meninos, como estou feliz por vê-los hoje diante de mim, juventude alegre de um país ensolarado e fecundo.
Pensem que todas as maravilhas, objetos de seus estudos, são a obra de muitas gerações, uma obra coletiva que exige de todos um esforço entusiasta e um labor difícil e impreterível. Tudo isto, nas mãos de vocês, se torna uma herança. Vocês a recebem, respeitam-na, aumentam-na e, mais tarde, irão transmiti-la fielmente à sua descendência. Deste modo somos mortais imortais, porque criamos juntos obras que nos sobrevivem.
Se refletirem seriamente sobre isto, encontrarão um sentido para a vida e para seu progresso. E o julgamento que fizerem sobre os outros homens e as outras épocas será mais verdadeiro."
"Ver com os próprios olhos, sentir e julgar sem sucumbir à fascinação da moda, poder dizer o que se viu, o que se sentiu, com um estilo preciso ou por uma expressão artisticamente modelada, que maravilha. Será preciso ainda felicitá-lo?"
"Neste gênero de conferências, o sucesso não depende da inteligência ou da perícia, mas da honestidade e da confiança. O valor moral não pode ser substituído pelo valor da inteligência e eu acrescentaria: graças a Deus!
O ser humano não pode se contentar com esperar e criticar. Deve lutar por esta causa, tanto quanto puder. O destino da humanidade será o que prepararmos."
"Se há alguma razão para impelir um leigo em questões econômicas a dar corajosamente sua opinião sobre o caráter das dificuldades econômicas angustiantes de nossa época, é certamente a confusão desesperadora dos diagnósticos estabelecidos pelos especialistas. Minha reflexão não é original e apenas representa a convicção de um homem independente e honesto sem preconceitos nacionalistas e sem reflexos de classe que deseja ardente e exclusivamente o bem da humanidade, numa organização mais harmoniosa da existência humana. Escrevo como se estivesse seguro da verdade de minhas afirmações, mas o escrevo simplesmente como a forma mais cômoda da expressão e não como testemunho de excessiva confiança em mim mesmo; ou como convicção da infalibilidade de minhas simples concepções sobre problemas de fato terrivelmente complexos."
"A natureza da concepção judaica da vida se traduz assim: direito à vida para todas as criaturas. A significação da vida do indivíduo consiste em tornar a existência de todos mais bela e mais digna. A vida é sagrada, representa o supremo valor a que se ligam todos os outros valores. A sacralização da vida supra-individual incita a respeitar tudo quanto é espiritual aspecto particularmente significativo da tradição judaica.
O judaísmo não é uma fé. O Deus judeu significa a recusa da superstição e a substituição imaginária para este desaparecimento. Mas é igualmente a tentação de fundar a lei moral sobre o temor, atitude deplorável e ilusória. Creio, no entanto, que a possante tradição moral do povo judeu já se libertou amplamente deste temor. Compreende-se claramente que servir a Deus equivale a servir à vida. Com esta finalidade, as melhores testemunhas do povo judeu, em particular os profetas e Jesus, se bateram incansavelmente.
O judaísmo não é uma religião transcendente. Ocupa-se unicamente da vida que se leva, carnal por assim dizer, e de nada mais. Julgo problemático que possa ser considerado como religião no sentido habitual do termo, tanto mais que não se exige do judeu nenhuma crença, mas antes o respeito pela vida no sentido supra pessoal.
Existe enfim outro valor na tradição judaica, que se revela de modo magnífico em numerosos salmos. Uma espécie de alegria embriagadora, um maravilhar-se diante da beleza e da majestade do mundo exalta o indivíduo, mesmo que o espírito não consiga conceber sua evidência. Este sentimento, onde a verdadeira pesquisa vem haurir sua energia espiritual, lembra o júbilo expresso pelo canto dos pássaros diante do espetáculo da natureza. Aqui se manifesta uma espécie de semelhança com a ideia de Deus, um balbuciar de criança diante da vida.
Tudo isto caracteriza o judaísmo e não se encontra em outra parte sob outros nomes. Com efeito, Deus não existe para o judaísmo, onde o respeito excessivo pela letra esconde a doutrina pura. Contudo considero o judaísmo como um dos simbolismos mais puros e mais vivos da ideia de Deus, sobretudo porque recomenda o princípio do respeito à vida."
"A alegria de contemplar e de compreender, eis a linguagem a que a natureza me incita."
"Contudo, em primeiro lugar, com Schopenhauer, imagino que uma das mais fortes motivações para uma obra artística ou científica consiste na vontade de evasão do cotidiano com seu cruel rigor e monotonia desesperadora, na necessidade de escapar das cadeias dos desejos pessoais eternamente instáveis. Causas que impelem os seres sensíveis a se libertarem da existência pessoal, para procurar o universo da contemplação e da compreensão objetivas. Esta motivação assemelha-se à nostalgia que atrai o morador das cidades para longe de seu ambiente ruidoso e complicado, para as pacíficas paisagens das altas montanhas, onde o olhar vagueia por uma atmosfera calma e pura e se perde em perspectivas repousantes, que parecem ter sido criadas para a eternidade."
"Em compensação, fora ideias que suscitaram meus esforços e me permitiram viver. Chamam-se o bem, a beleza, a verdade. Se não me identifico com outras sensibilidades semelhantes à minha e se não me obstino incansavelmente em perseguir este ideal eternamente inacessível na arte e na ciência, a vida perde todo o sentido para mim. Ora, a humanidade se apaixona por finalidades irrisórias que têm por nome a riqueza, a glória, o luxo. Desde moço já as desprezava."
"O mistério da vida me causa a mais forte emoção. É o sentimento que suscita a beleza e a verdade, cria a arte e a ciência. Se alguém não conhece esta sensação ou não pode mais experimentar o espanto ou surpresa, já é um morto-vivo e seus olhos se cegaram."
"A falta de pessoas de gênio nota-se tragicamente no mundo estético. Pintura e música degeneram e os homens são menos sensíveis. Os chefes políticos não existem e os cidadãos fazem pouco caso de sua independência intelectual e da necessidade de um direito moral. As organizações comunitárias democráticas e parlamentares, privadas dos fundamentos de valor, estão decadentes em numerosos países. Então aparecem as ditaduras. São toleradas porque o respeito da pessoa e o senso social estão agonizantes ou já mortos."
"Mas, fazer desaparecer obstáculos não conduz automaticamente ao progresso moral da existência social e individual. Esta ação negativa exige, além disso, uma vontade positiva para a organização moral da vida coletiva. Esta dupla ação, de extrema importância, arrancar as más raízes e implantar a nova moral, constituirá a vida social da humanidade."
"Não basta ensinar ao homem uma especialidade, porque ele se tornará assim uma máquina utilizável, mas não uma personalidade. É necessário que ele adquira um sentimento, um senso prático daquilo que vale a pena ser empreendido, daquilo que é belo, do que é moralmente correto. A não ser assim, ele se assemelhará, com seus conhecimentos profissionais, mais a um cão ensinado do que a uma criatura harmoniosamente desenvolvida. Deve aprender a compreender as motivações dos homens, suas quimeras e suas angústias para determinar com exatidão seu lugar exato em relação a seus próximos e à comunidade.
Essas reflexões essenciais, comunicadas à jovem geração graças aos contatos vivos com os professores, de forma alguma se encontram escritas nos manuais. É assim que se expressa e se forma de início toda a cultura. Quando aconselho com ardor ‘as humanidades’, quero recomendar esta cultura viva, e não um saber fossilizado, sobretudo em história e filosofia.
Os excessos do sistema de competição e especialização prematura, sob o falacioso pretexto de eficácia, assassinaram o espírito, impossibilitaram qualquer vida cultural e chegam a suprimir os progressos nas ciências do futuro. É preciso, enfim, tendo em vista a realização de uma educação perfeita, desenvolver o espírito crítico na inteligência do jovem. Ora, a sobrecarga do espírito pelo sistema de notas entrava e necessariamente transforma a pesquisa em superficialidade e falta de cultura. O ensino deveria ser assim: quem o recebe o recolha como dom inestimável, mas nunca como uma obrigação penosa."
"É tarefa essencial do professor despertar a alegria de trabalhar e de conhecer. Caros meninos, como estou feliz por vê-los hoje diante de mim, juventude alegre de um país ensolarado e fecundo.
Pensem que todas as maravilhas, objetos de seus estudos, são a obra de muitas gerações, uma obra coletiva que exige de todos um esforço entusiasta e um labor difícil e impreterível. Tudo isto, nas mãos de vocês, se torna uma herança. Vocês a recebem, respeitam-na, aumentam-na e, mais tarde, irão transmiti-la fielmente à sua descendência. Deste modo somos mortais imortais, porque criamos juntos obras que nos sobrevivem.
Se refletirem seriamente sobre isto, encontrarão um sentido para a vida e para seu progresso. E o julgamento que fizerem sobre os outros homens e as outras épocas será mais verdadeiro."
"Ver com os próprios olhos, sentir e julgar sem sucumbir à fascinação da moda, poder dizer o que se viu, o que se sentiu, com um estilo preciso ou por uma expressão artisticamente modelada, que maravilha. Será preciso ainda felicitá-lo?"
"Neste gênero de conferências, o sucesso não depende da inteligência ou da perícia, mas da honestidade e da confiança. O valor moral não pode ser substituído pelo valor da inteligência e eu acrescentaria: graças a Deus!
O ser humano não pode se contentar com esperar e criticar. Deve lutar por esta causa, tanto quanto puder. O destino da humanidade será o que prepararmos."
"Se há alguma razão para impelir um leigo em questões econômicas a dar corajosamente sua opinião sobre o caráter das dificuldades econômicas angustiantes de nossa época, é certamente a confusão desesperadora dos diagnósticos estabelecidos pelos especialistas. Minha reflexão não é original e apenas representa a convicção de um homem independente e honesto sem preconceitos nacionalistas e sem reflexos de classe que deseja ardente e exclusivamente o bem da humanidade, numa organização mais harmoniosa da existência humana. Escrevo como se estivesse seguro da verdade de minhas afirmações, mas o escrevo simplesmente como a forma mais cômoda da expressão e não como testemunho de excessiva confiança em mim mesmo; ou como convicção da infalibilidade de minhas simples concepções sobre problemas de fato terrivelmente complexos."
"A natureza da concepção judaica da vida se traduz assim: direito à vida para todas as criaturas. A significação da vida do indivíduo consiste em tornar a existência de todos mais bela e mais digna. A vida é sagrada, representa o supremo valor a que se ligam todos os outros valores. A sacralização da vida supra-individual incita a respeitar tudo quanto é espiritual aspecto particularmente significativo da tradição judaica.
O judaísmo não é uma fé. O Deus judeu significa a recusa da superstição e a substituição imaginária para este desaparecimento. Mas é igualmente a tentação de fundar a lei moral sobre o temor, atitude deplorável e ilusória. Creio, no entanto, que a possante tradição moral do povo judeu já se libertou amplamente deste temor. Compreende-se claramente que servir a Deus equivale a servir à vida. Com esta finalidade, as melhores testemunhas do povo judeu, em particular os profetas e Jesus, se bateram incansavelmente.
O judaísmo não é uma religião transcendente. Ocupa-se unicamente da vida que se leva, carnal por assim dizer, e de nada mais. Julgo problemático que possa ser considerado como religião no sentido habitual do termo, tanto mais que não se exige do judeu nenhuma crença, mas antes o respeito pela vida no sentido supra pessoal.
Existe enfim outro valor na tradição judaica, que se revela de modo magnífico em numerosos salmos. Uma espécie de alegria embriagadora, um maravilhar-se diante da beleza e da majestade do mundo exalta o indivíduo, mesmo que o espírito não consiga conceber sua evidência. Este sentimento, onde a verdadeira pesquisa vem haurir sua energia espiritual, lembra o júbilo expresso pelo canto dos pássaros diante do espetáculo da natureza. Aqui se manifesta uma espécie de semelhança com a ideia de Deus, um balbuciar de criança diante da vida.
Tudo isto caracteriza o judaísmo e não se encontra em outra parte sob outros nomes. Com efeito, Deus não existe para o judaísmo, onde o respeito excessivo pela letra esconde a doutrina pura. Contudo considero o judaísmo como um dos simbolismos mais puros e mais vivos da ideia de Deus, sobretudo porque recomenda o princípio do respeito à vida."
"A alegria de contemplar e de compreender, eis a linguagem a que a natureza me incita."
"Contudo, em primeiro lugar, com Schopenhauer, imagino que uma das mais fortes motivações para uma obra artística ou científica consiste na vontade de evasão do cotidiano com seu cruel rigor e monotonia desesperadora, na necessidade de escapar das cadeias dos desejos pessoais eternamente instáveis. Causas que impelem os seres sensíveis a se libertarem da existência pessoal, para procurar o universo da contemplação e da compreensão objetivas. Esta motivação assemelha-se à nostalgia que atrai o morador das cidades para longe de seu ambiente ruidoso e complicado, para as pacíficas paisagens das altas montanhas, onde o olhar vagueia por uma atmosfera calma e pura e se perde em perspectivas repousantes, que parecem ter sido criadas para a eternidade."
segunda-feira, 5 de março de 2018
segunda-feira, 25 de dezembro de 2017
TODAY'S FEATURED PICTURE @ WIKIPEDIA - 25/12/17
Nativity is a devotional mid-1450s oil-on-wood panel painting by the Early Netherlandish painter Petrus Christus. It shows a nativity scene—the birth of the Christ Child as narrated in the Gospels of Matthew and Luke—with grisaille archways and trompe-l'œil sculptured reliefs. The panel, which may have once been part of a triptych, was acquired by Andrew Mellon in the 1930s. One of several hundred works from Mellon's personal collection donated to the National Gallery of Art in Washington, Nativity was restored in the early 1990s.
Painting: Petrus Christus
Painting: Petrus Christus
terça-feira, 19 de dezembro de 2017
ZINE PROTESTIZANDO #24
Seguindo o cronograma de lançamentos (ou tentando), acabo de publicar o PROTESTIZANDO #24 na íntegra. A partir de agora, vou ver se consigo organizar os escritos para o meu terceiro livro "no RITMO de ALGO".
sexta-feira, 27 de outubro de 2017
DESCONSTRUINDO MITOS: SECULARISMO CIENTÍFICO REFORÇA A SENSIBILIDADE MORAL E NÃO O CONTRÁRIO
Créditos: Tjeerd Royaards
Historicamente, sempre existiu tensão entre ciência e religião. Os avanços científicos problematizaram a questão do dogma religioso, criando conflitos, algo mais obviamente demonstrado no tratamento de Galileu pela Igreja Católica no século XVII. Um estudo publicado por dois psicólogos turcos argumenta que a ciência, enquanto autoridade secular, pode levar a uma maior sensibilidade moral.
Inúmeros estudos na psicologia demonstram que uma inclinação para o pensamento científico/analítico geralmente leva a um declínio da fé e crença religiosa. Por outro lado, também foi demonstrado que os símbolos religiosos incentivam as pessoas a serem pro-sociais e, consequentemente, mais moralmente sensíveis. Como tal, muitos defendem que a relação causal entre o pensamento religioso, científico e moral significa que o crescimento histórico da ciência nas sociedades secularizadas é responsável pelo declínio dos valores morais. Como era de suspeitar, essa alegação é falsa. Basta olhar para o direito, para o conceito de justiça e ética nas sociedades mais antigas
Um novo estudo, conduzido por Onurcan Yilmaz e Hasan G. Bahçekapili da Universidade Dogus em Istambul e publicado na revista online PlosOne, baseado em pesquisas anteriores, mostraram que a relação entre religião, ciência e a moral é, de fato, muito mais complexa do que tradicionalmente se pensava. O estudo anterior descobriu que um jogo de linguagem com palavras religiosas ou relacionadas à ciência antes da participação em testes envolvendo dilemas morais levou os participantes a demonstrar um aumento do comportamento pro-social. Como tal, os resultados sugeriram que, “pelo menos nas sociedades modernas, as instituições seculares ultrapassaram as instituições religiosas em sua capacidade de promover a socialização e a vida em harmonia, enquanto sociedade moral”.
Yilmaz e Bahçekapili procuraram testar as causas dessa conexão entre raciocínio científico e moralidade. Três testes diferentes foram realizados com estudantes da universidade turca, que envolveu a criação de palavras científicas, religiosas ou “neutras” através de jogos de linguagem antes dos participantes responderem a uma questão presente em um dilema moral. Os resultados do primeiro teste mostraram que a iniciação não teve efeito na resposta ao problema descrito, embora os psicólogos sugerem que isso pode ser devido ao cenário ser extremo (um caso de violação de data) o que criou um “efeito de teto”.
O próximo teste seguiu o mesmo procedimento, mas utilizando cenários menos extremos, porém moralmente mais ambíguos – um deles, envolvendo duas pessoas atrasadas para uma reunião que acidentalmente passam em cima de um gato e optam por não ficar e ajudar o animal, e outro envolvendo uma pessoa que encontra um amigo com um bilhete de loteria e trapaceia-o para ficar com o prêmio (o amigo não sabe que o bilhete é um bilhete vencedor). Os resultados mostraram que, no primeiro cenário, tanto o jogo com temas científicos, como com temática religiosa, afetaram a sensibilidade moral dos participantes. A sugestão é que pensar em temas científicos pode ser tão influente em nossas decisões morais quanto pensar em temas religiosos.
Finalmente, Yilmaz e Bahçekapil procuraram determinar se a ciência impulsiona a sensibilidade moral ao ativar o pensamento analítico ou a ideia de autoridade secular. “Para esse teste, a seção preliminar foi projetada primeiramente com temas associados à autoridade secular (por exemplo, tribunal, polícia) ou pensamento analítico (por exemplo, lógica, razão). Os resultados proporcionaram um padrão claro, com os sujeitos do grupo de “autoridade secular” demonstrando uma maior sensibilidade moral. “Esses resultados sugerem que a ativação decorrente de temática científica exerce um efeito estimulante sobre a sensibilidade moral, não pela ativação do pensamento analítico, mas pela ativação da ideia secular”.
Os resultados das pesquisas são de grande interesse para a área de história, antropologia e psicologia, mostrando que o secularismo atualmente é capaz de reforçar a sensibilidade moral tanto quanto, ou mais, que a religião. Uma das principais transições marcantes da era moderna, particularmente no Ocidente, tem sido o declínio da religiosidade, tanto nas instituições políticas como individualmente. O estudo de Yilmaz e Bahçekapil fornece um quadro para explicar como o desenvolvimento científico e o declínio da religião não coincidiram com uma diminuição dramática na moralidade, como é dito pelo senso comum, mas pelo contrário.
Referência:
Yilmaz, Onurcan, and Hasan G. Bahçekapili. “When science replaces religion: Science as a secular authority bolsters moral sensitivity.” PloS one 10.9 (2015): e0137499.
sábado, 22 de julho de 2017
FLICTS - SINGELOS CONFRONTOS
Comprei esse play há um tempo atrás. Lirismo que conscientiza e inspira.
segunda-feira, 6 de fevereiro de 2017
ZINE PROTESTIZANDO #15
No PROTESTIZANDO #15, em 13 poeminions, abordo um pouco da temática científica e religiosa na esfera pessoal e social.
terça-feira, 27 de dezembro de 2016
10 RAZÕES PARA AMAR O CRISTO DE SARAMAGO (AINDA QUE VOCÊ NÃO SEJA CRISTÃO)
Tem um livrinho clássico de Miguel de Unamuno, São Manuel Bueno, Mártir, que conta a história do padre de uma cidadezinha no interior da Espanha que esconde um terrível segredo. O segredo de Dom Manuel, admirado por todos os moradores graças a sua bondade, generosidade e pelas palavras que apaziguam corações, é que ele não tem fé. Imaginem: um padre que não crê. E a maior prova de fé do padre sem fé é levar o consolo da religião aos demais, sendo que ele mesmo não o possui.
“Eu estou aqui para fazer viver as almas dos meus paroquianos, para fazê-los felizes, para que sonhem ser imortais e não para matá-los. (…) Com a verdade, com a minha verdade, não viveriam. Que vivam. E isto faz a igreja, fazê-los viver. Religião verdadeira? Todas as religiões são verdadeiras enquanto forma de fazer viver espiritualmente aos povos que as professam, enquanto lhes consolam de haver tido que nascer para morrer, e para cada povo a religião mais verdadeira é a sua. E a minha? A minha é consolar-me em consolar os outros, ainda que o consolo que lhes dou não seja o meu”, diz Dom Manuel no livro, ao revelar o segredo a seu “confessor”.
Vejo esta “fé dos que não têm fé” muito presente no livro O Evangelho Segundo Jesus Cristo, de José Saramago. Ateu, Saramago criou um Cristo maravilhosamente falível, capaz de revigorar a fé de muitos. Na época em que foi lançado, em 1991, o livro sofreu ataques da igreja católica, porque Saramago ousou mexer com os dogmas do cristianismo. O então sub-secretário de Estado da Cultura português, Antonio Sousa Lara, chegou a vetar o romance em uma lista de indicações literárias sob o argumento de que ofendia a “moral cristã”. Quando Saramago morreu, em 2010, o jornal do Vaticano o chamou de “ideólogo antirreligioso, um homem e um intelectual que não admitia metafísica alguma”.
Leram muito mal o romance, porque não há nada mais cristão do que este evangelho de um ateu: é o retrato de um Jesus Cristo humano, demasiado humano, consciente da grandeza de sua tarefa e aterrorizado por ela. Não era esta a intenção de Deus ao mandar seu filho à Terra, que ele fosse o mais próximo possível de seus semelhantes, em vez do Cristo “divino”, milagreiro e marqueteiro de si mesmo que surge nos evangelhos?
De certa forma, o escritor português melhorou o Jesus do Novo Testamento ao desnudar a complexidade (e a crueldade) do papel que lhe cabia na história. Quem lê a obra de José Saramago não sai menos cristão e sim mais solidário a Jesus. Não dá para entender como puderam ficar contra um livro que é impregnado do mais puro, verdadeiro cristianismo. Desconfio que Saramago era como o Dom Manuel de Unamuno, só que ao contrário. Sua assumida falta de fé ocultava uma fé profunda –na humanidade.
Veja abaixo 10 razões para amar o Cristo de Saramago (ainda que você seja ateu).
1. Maria, como toda mãe, não é virgem: Jesus é gerado não pela visita de um anjo, mas pela conjunção carnal entre Maria e seu marido José. A semente de Deus está misturada à de José. “Deus, que está em toda a parte, estava ali, mas, sendo aquilo que é, um puro espírito, não podia ver como a pele de um tocava a pele do outro, como a carne dele penetrou a carne dela, criadas uma e outra para isso mesmo, e, provavelmente, já nem lá se encontraria quando a semente sagrada de José se derramou no sagrado interior de Maria, sagrados ambos por serem a fonte e a taça da vida, em verdade há coisas que o próprio Deus não entende, embora as tivesse criado”.
2. Jesus nasce da mesma maneira que todo mundo: “O filho de José e de Maria nasceu como todos os filhos dos homens, sujo do sangue de sua mãe, viscoso de suas mucosidades e sofrendo em silêncio. Chorou porque o fizeram chorar, e chorará por esse mesmo e único motivo.”
3. Os “reis” magos trazem presentes úteis: os três “reis magos” são, na verdade, pastores, e, em vez de trazerem ouro, incenso e mirra, presentes absolutamente inúteis naquela situação, trazem leite, queijo e pão.
4. José e Jesus têm uma relação pai-filho: ao contrário dos relatos do Novo Testamento, que praticamente ignoram a existência de relação entre Jesus e seu pai terreno, o carpinteiro José, o evangelho de Saramago mostra que eles tinham uma proximidade especial e se irmanam na morte, crucificados injustamente ambos aos 33 anos.
5. Jesus é moreno: no Novo Testamento não há alusão à aparência de Jesus, o que favoreceu a imagem europeizada que se fez dele, louro de olhos azuis, pouco condizente com a aparência de um palestino. “Os cabelos são pretos como os do pai e da mãe, as íris já vão perdendo aquele tom branquiço a que chamamos cor de leite não o sendo, tomam o seu próprio natural, o da herança genética direta, um castanho muito escuro.”
6. O demônio não é tão feio quanto pintam: o “pastor” do romance de Saramago é um dos “reis” que visitam Jesus ainda na manjedoura e lhe leva o pão. Sua função não é representar o mal e sim a consciência sobre os sofrimentos que viverão Jesus e seus seguidores em nome de Deus. Quando Jesus o encontra no deserto, não é para “tentá-lo” e sim para ensinar a ele sobre a vida. O demônio é uma espécie de preceptor para um jovem sem experiência, o alter ego do próprio Deus. “Também se aprende com o diabo”, diz Jesus.
7. Jesus conhece o amor de uma mulher: o filho do Homem, como muitos homens no passado, se inicia sexualmente com uma prostituta, Maria Madalena, Maria de Magdala. “Nesse instante soube o que em verdade queriam dizer aquelas palavras do rei Salomão, As curvas dos teus quadris são como jóias, o teu umbigo é uma taça arredondada, cheia de vinho perfumado, o teu ventre é um monte de trigo cercado de lírios, os teus seios são como dois filhinhos gêmeos de uma gazela, mas soube-o ainda melhor, e definitivamente, quando Maria se deitou ao lado dele, e, tomando-lhe as mãos, puxando-as para si, as fez passar, lentamente, por todo o seu corpo, os cabelos e o rosto, o pescoço, os ombros, os seios, que docemente comprimiu, o ventre, o umbigo, o púbis, onde se demorou, a enredar e a desenredar os dedos, o redondo das coxas macias, e, enquanto isto fazia, ia dizendo em voz baixa, quase num sussurro, Aprende, aprende o meu corpo.”
8. Jesus tem noção que é um sacrifício o que Deus lhe destina: ao encontrar Deus no deserto, Ele não diz que Jesus é seu filho, e sim que lhe dará glória e poder em troca de sua vida. Quem diz a Jesus que Deus é seu pai é o diabo. É só ao se aproximar a hora da crucificação que Jesus é informado do tamanho sacrifício que fará para alargar a influência no mundo de um Pai vaidoso, que desejava ser admirado por muito mais gente. “E qual foi o papel que me destinaste no teu plano”, pergunta Jesus a Deus. “O de mártir, meu filho, o de vítima, que é o que de melhor há para fazer espalhar uma crença e afervorar uma fé.”
9. Jesus tem dúvidas: ao ser informado de seu sacrifício por Deus, Jesus se comporta como qualquer ser humano naquela situação e pensa em desistir. “Rompo o contrato, desligo-me de ti, quero viver como um homem qualquer”, ele diz a Deus, mas este faz troça: “Palavras inúteis, meu filho”. O raciocínio divino é que, sendo ele um deus, não acreditariam em sua palavras; na de um homem, sim. Daí o envio do filho à Terra. “Serás a colher que eu mergulharei na humanidade para a retirar cheia dos homens que acreditarão no deus novo em que me vou tornar.”
10. Jesus se apieda dos que morrerão em seu nome: Jesus questiona Deus sobre o futuro da humanidade após sua morte, se serão mais felizes, e o Pai responde que, pelo contrário, muitos morrerão por conta desta fé, a começar por seus melhores amigos. “Será uma história interminável de ferro e de sangue, de fogo e de cinzas, um mar infinito de sofrimento e de lágrimas”, diz o Todo Poderoso, desfiando os horrores das perseguições aos cristãos e das mortes na Inquisição, a marteladas, queimados vivos, decapitados, crucificados, empalados. Tudo em nome de Deus. “Jesus compreendeu que viera trazido ao engano como se leva o cordeiro ao sacrifício, que a sua vida fora traçada para morrer assim desde o princípio dos princípios, e, subindo-lhe à lembrança o rio de sangue e de sofrimento que do seu lado irá nascer e alagar toda a terra, clamou para o céu aberto onde Deus sorria, Homens, perdoai-lhe, porque ele não sabe o que fez.”
(José Saramago em Lanzarote. Foto: João Francisco Vilhena)
quinta-feira, 22 de dezembro de 2016
MILITANT ATHEISM - RICHARD DAWKINS @ TED
Biologist Richard Dawkins launches into a full-on appeal for atheists to make public their beliefs and to aggressively fight the incursion of religion into politics and education. Dawkins' scornful tone drew strongly mixed reactions from the audience; some stood and applauded his courage. Others wondered whether his strident approach could do more harm than good. Dawkins went on to publish The God Delusion and become perhaps the world's best-known atheist.
quarta-feira, 21 de dezembro de 2016
LET'S TEACH RELIGION (ALL RELIGION) IN SCHOOLS - DAN DENNETT @ TED
Philosopher Dan Dennett calls for religion — all religion — to be taught in schools, so we can understand its nature as a natural phenomenon. Then he takes on The Purpose-Driven Life, disputing its claim that, to be moral, one must deny evolution.
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