segunda-feira, 21 de abril de 2014

SOCRASTICKER #55

"Sou as minhas atitudes, os meus sentimentos, as minhas ideias... O que realmente faz valer a pena estar vivo, não há filmadora ou máquina fotográfica que registre... Surpresas, gargalhadas, lágrimas, enfim, o que eu sinto, quem eu sou, você só vai perceber quando olhar nos meus olhos, ou melhor, além deles...”

– Clarice Lispector

SOCRASTICKER #54

“Sabemos que os poderosos têm medo do pensamento, pois o poder é mais forte se ninguém pensar, se todos aceitarem as coisas como elas são, ou melhor, que nos dizem que são. Para os poderosos de Atenas, Sócrates tornara-se um perigo, pois fazia a juventude pensar.”

SOCRASTICKER #53

“Sob as garras cruéis das circunstâncias
Eu não tremo nem me desespero,
Sob os duros golpes do acaso
Minha cabeça sangra, mas continua erguida.”

- William Ernest Henley

SOCRASTICKER #52

“O homem, para chegar a ser verdadeiramente dono de si mesmo deve ter pleno domínio sobre seus pensamentos; então, também o terá sobre sua vontade.”

– Carlos B. G. Pecotche

SOCRASTICKER #51

“Lute com determinação, abrace a vida com paixão, perca com classe e vença com ousadia, porque o mundo pertence a quem se atreve e a vida é muito bela para ser insignificante.”

- Charles Chaplin

SOCRASTICKER #50

“As coisas que não existem são mais bonitas.”

– Manoel de Barros

SOCRASTICKER #49

”O conhecimento é adquirido pelos que buscam, porém, sua plenitude se dá através do convívio com pessoas inteligentes.”

SOCRASTICKER #48

“Não vim ao mundo para acumular capital e me consolo em te deixar esta herança cultural.”

- O Levante

SOCRASTICKER #47

"Se sou amado, quanto mais amado mais correspondo ao amor, se sou esquecido devo esquecer também... Pois o amor é feito espelho; tem que ter reflexo."

- Pablo Neruda

SOCRASTICKER #46

“Diante da vastidão do tempo e da imensidão do universo é um imenso prazer dividir um planeta e uma época com você.”

- Carl Sagan

SOCRASTICKER #45

“A poesia é uma pintura que fala e a pintura é uma poesia muda.”

SOCRASTICKER #44

Em casa
De menino de rua
O último a dormir
Apaga a lua.

– Giovani Baffô

SOCRASTICKER #43

“Deve-se penetrar no conhecimento não esquecendo o que ele pode nos proporcionar, que devemos inserir os saberes no cotidiano aproveitando cada momento da vida e não apenas perdendo horas de estudo sem adequar a realidade, ao mundo, as vivências.”

SOCRASTICKER #42

“A TV nos mostra realidades imaginárias, nos impõe modas para seguir, sonhos para sonhar e pessoas para ser.”

SOCRASTICKER #41

“É necessário construir e firmar os alicerces da revolução, tendo como objetivo a reforma sociocultural, econômica e política, com base numa administração de organização popular, para um Brasil mais democrático e justo.”

SOCRASTICKER #40

“Somente a cidadania plena conduz a democracia. Não há outra forma de ser cidadão que não seja através da educação ideológica e política.”

SOCRASTICKER #39

SIMULTANEIDADE

- Eu amo o mundo! Eu detesto o mundo!
Eu creio em Deus! Deus é um absurdo!
Eu vou me matar! Eu quero viver!
- Você é louco?
- Não, sou poeta.

- Mário Quintana

SOCRASTICKER #38

“Eu não sou pobre. Pobre são aqueles que precisam de muito pra viver, esses são os verdadeiros pobres, eu tenho o suficiente.” 

- José Mujica

domingo, 20 de abril de 2014

HÉLIO OITICICA: MUSEU É O MUNDO!

Vídeo documentário da exposição Hélio Oiticica - Exposição "Museu é o Mundo" que ocorreu no Museu Nacional de Brasília em 2010, com excelentes comentários de Fernando Cocchiarale, entre outros nos coloca no núcleo da arte de Hélio Oiticica.

MÃES DE MAIO: UM GRITO POR JUSTIÇA

A impunidade ainda paira sobre as mortes de 493 pessoas, ocorridas em maio de 2006, a maioria pobres, negros e moradores da periferia. Todos os indícios apontam para uma ação efetiva de grupos de extermínio da polícia como forma de retaliação aos ataques do PCC naquele ano. As mães e familiares dessas vítimas de violência policial se uniram em um movimento chamado "Mães de Maio. São mulheres que transformaram a dor da perda na luta por justiça e hoje buscam um reconhecimento da sua causa para que o Estado não tire mais vidas em vão. O projeto trata da luta dessas mães e das circunstâncias e consequências da violência do Estado, e busca soluções.

                           

                           

MORRI NA MARÉ

“Morri na Maré” é um documentário sobre o impacto da violência sobre as crianças da favela Complexo da Maré, no Rio de Janeiro, contado a partir da visão delas. Foi realizado por dois jornalistas franceses, Marie Naudascher e Patrick Vanier, ambos radicados no Rio.

Este video faz parte do Projeto Reportagem Publica, que foi financiado por crowdfunding. Com o suporte de 808 doadores, a Agência Pública distribuiu 12 bolsas de reportagem para investigações independentes. 

Leia mais: www.apublica.org

                 
                                            Morri na Maré from Agência Pública on Vimeo.

quinta-feira, 17 de abril de 2014

É ARTE? #2

EVERYTHING SUX!

Material de confecção: Papelão, jornal, tinta e cola



Dado à minha amiga Bajul.

quarta-feira, 16 de abril de 2014

É ARTE? #1

Primeira criação da série É ARTE?

Material de confecção: Papelão, tinta e cola.

NOVO TELECURSO - ARTES PLÁSTICAS (ENSINO MÉDIO)

AULA 1

Arte é para todos?

Na primeira teleaula de Artes Plásticas perguntamos: Arte é para todos? E, na busca da resposta, vamos ver que a capacidade criadora é inata ao ser humano, e que a experiência sensorial é a base do desenvolvimento desse potencial criador. Veremos que a apreciação artística é um aprendizado e conheceremos um pouquinho sobre o Renascimento e o Barroco.








AULA 2

Imagem a gente lê ou a gente vê?

Nesta teleaula veremos que o texto visual é uma forma de expressar ideias e informações através das imagens. Veremos que o ponto, a linha e o plano são alguns elementos da linguagem visual. Aprenderemos que, quanto mais se sabe sobre o artista, sua obra e o tempo em que ele viveu, mais o texto visual tem a nos dizer. E, por fim, ficaremos sabendo um pouco sobre o Modernismo.







AULA 3

As imagens enganam?

Nesta teleaula lançamos a pergunta as imagens enganam? Para tentar entender melhor a relação entre arte e realidade. Veremos o que é arte figurativa: aquela que tenta representar o mundo físico; e o que é arte abstrata: que é aquela que altera bastante a forma e as cores e das coisas, que se abstrai do real. Aprenderemos que não existe um limite rígido entre arte figurativa e arte abstrata e que na história das civilizações as manifestações artísticas expressam a realidade com propostas mais ou menos figurativas ou abstratas. E, por fim, veremos que aspectos sociais, históricos e ideológicos estão presentes nas imagens que compõem a obra, seja ela figurativa ou abstrata.







AULA 4

Arte é conhecimento

A pergunta desta teleaula é: É possível aprender e ensinar arte? Começaremos vendo que o conhecimento artístico é formado por conceitos e informações específicas e que pode ser desenvolvido tanto dentro como fora das escolas, caso dos impressionistas. Também veremos que a arte tem uma função social: mostra os padrões estéticos de uma sociedade e torna possível a reflexão sobre eles. Os conceitos da arte guiam a arquitetura e o urbanismo, testando os limites da invenção humana, buscando a qualidade de vida do indivíduo e a evolução da sociedade, mesmo quando essa evolução é impedida por outros fatores.






AULA 5

A história da arte é a história das sociedades?

Nesta teleaula, a pergunta a história da arte é a história das sociedade? é o ponto de partida para aprender que a arte é um meio de conhecimento que reúne muitas informações sobre o contexto no qual é produzida. Vermos que o contexto influencia e é influenciado pela criação artística e que a criação artística proporciona a articulação de conceitos em diferentes áreas do conhecimento. Aprenderemos que a arte é um jeito de conhecer outras culturas, seus valores e seu grau de desenvolvimento. Confirmaremos que a preocupação ambiental é um valor determinante essencial para a sociedade contemporânea e ficaremos sabendo um pouco mais sobre o período da história chamado de Idade Média.




terça-feira, 15 de abril de 2014

M19 - LUZ, CÂMERA, CAIXÃO + ENTREVISTA

Blumenauense, ateu e revolucionário, Thiago (M19) vem se mostrando uma das revelações do Rap Nacional. Radical dentro e fora dos palcos, o rapper fala um pouco sobre sua vida e ideologia na entrevista abaixo. Confira:



RG - Porque o nome M19?

O nome M19 surgiu após eu ter conhecido a história do grupo Colombiano de esquerda que atuou principalmente na década de 80; o que fez eu me identificar com o mesmo foi o fato de eles terem invadido o Palácio da Justiça em Bogotá na tentativa de despojar o poder vigente da época e terem lutado por ele durante 28 horas até sucumbirem pelas armas do braço armado do estado, no caso, o exército. Dado isso, os principais fatores de identificação foram a questão de o grupo ser de esquerda e ter lutado até a morte pelos seus ideais. A luta da organização não se resume à tentativa de golpe, mas foi a atuação que mais me admirou pelo fato da resistência e da ousadia. 


RG - Desde quando você canta e compõe Rap? 

Não saberia precisar isso em datas exatas, mas venho escrevendo já a vários anos. Inclusive há vários anos, cheguei a gravar um CD caseiro, por mim mesmo, no meu quarto, com cerca de 20 músicas, só que a produção e as ideias não me agradaram e acabei por quebrar o CD e excluir todos os registros daquela época. Pode parecer estranho, mas não tinha a pretensão de gravar um CD ou mesmo cantar como venho fazendo, devido a isso algumas letras ficaram por um bom tempo armazenadas em meu HD, mas vi que era necessário integrar a luta e sair da omissão, tive também um incentivo dado pelos meus amigos Moysés do A286 e Vidal, do Liberdade e Revolução. Também vi que assim eu poderia contribuir com a minha parte mesmo sabendo que não é fácil, que lutamos de forma desigual, mas afirmo, pode que ainda não mudamos o sistema político, mas sei que o incomodamos, isso é fato! Sobre cantar, já é de menos tempo, comecei a cantar efetivamente mesmo após o CD ser lançado, quando começou a circular pelo país. 


RG - Fale um pouco sobre sua visão política. 

Todo poder ao Povo! Todo o poder à maioria, nunca à minoria como sempre foi em governos capitalistas! Quando comparamos o feudalismo com o capitalismo, vemos que o que ocorreu foi uma grande evolução no sistema baseado nas desigualdades, que a cada dia vem se moldando de acordo com as exigências do momento, mas que sempre se alicerçou na supressão de direitos e sempre subjugou povos, etnias e diferenças. Um sistema político que se consolidou através da exploração do trabalhador e que a mantém por meio da força bruta, da violência, jamais irão consentir com mobilizações e reivindicações sociais, de organizações de frente popular, e também por que uma revolução não se faz via reformismo e sim com enfrentamento! Os índios já viviam numa sociedade comunista, ou seja, igualitária, até a chegada dos capitalistas para corrompê-los, a desigualdade não é um fenômeno da natureza, portanto jamais deveremos aceitá-la como algo comum. Lênin já dizia: “Toda cozinheira deve saber governar um Estado!” Ou seja, todos nós deveremos saber ou tentar saber sobre política, pois a pior fatalidade pra quem bate no peito se dizendo apolítico é ser dominado por quem é politizado. Em toda a história, a engrenagem do capitalismo sempre foi lubrificada com o sangue do trabalhador, então que todos saiam as ruas com suas reivindicações que todas as praças públicas se igualem à praça Tahrir! Machismo, racismo, homofobia, fascismo, xenofobia, religião e capitalismo, não se discutem, se destrói! 


RG - Desde quando você é adepto ao ateísmo? 

A meu ver, adepto pode soar de forma distorcida para inúmeras pessoas, até porque o ateísmo não é um dogma ou uma organização como tais poderiam pensar, mas uma forma de enxergar os pontos relativos à divindades e experiências que dizem existir. Posso dizer que nunca fui verdadeiramente deísta, todavia, ateu também não poderia dizer que era, minha convicção ateísta existe a cerca de cinco anos. A chegada ao ateísmo não foi algo repentino, mas sim paulatino. Após meu senso crítico ter estourado as grades construídas pela alienação comecei a pesquisar e a questionar o que geralmente não se questiona. Nesse ínterim, evidentemente surgiu a religião, infelizmente um dos maiores e mais fortes instrumentos de dominação existente na humanidade e novamente mais uma corporação aliada à burguesia usada como atenuante para conter os levantes e para justificar o sofrimento que a classe menos favorecida sofreu e sofre até hoje. Agora se você me perguntasse o porque não creio em deuses, demônios, anjos, espírito santo e toda essa fantasia sabe se lá quantas linhas daria esta reportagem, pois são inúmeros os motivos. 


RG - Você já sofreu algum tipo de preconceito quanto á sua cor e a condição de ser rapper? 

Felizmente não, somente algumas poucas brincadeiras, mas proferidas de maneira amistosa. Brancos, negros, índios, asiáticos, todos tem suas reclamações à fazer! Julgar alguém pela epiderme é algo estúpido, ainda num país tão miscigenado como o Brasil. 


RG - Quais são suas influências musicais e ideológicas? 

Influências musicais sempre foi o Rap escrito e cantado de maneira mais contundente e que tratasse de denúncias, críticas e lutas sociais . Já ouvi bastante Rap, já hoje, quase não ouço, pois além de utilizar meu tempo pra ler, escrever e outros afins, letras e temas comprometidos com a causa revolucionária estão escassos, exceto alguns poucos que ainda resistem. A maioria se perdeu na comodidade e fala de “sistema” de uma maneira completamente superficial, e isso realmente me aflige. Não precisamos querer unir Rap à política, afinal, Rap é política! Sobre minhas influências ideológicas, posso resumir aqui no momento alguns nomes como Marx, Lênin, Trotsky, Che Guevara, Carlos Marighella, Carlos Lamarca, Malcolm X, Black Panthers, Zumbi, Steve Biko, Ho Chi Minh, Emiliano Zapata, nessa linha. 


RG - Em sua opinião, qual deve ser a postura do Rap Nacional em relação às muitas críticas sofridas por parte de outros estilos musicais? 

Essa pergunta pode ser considerada como um momento de autocrítica. O maior problema é qual postura o Rap Nacional tem no momento. Em relação à algumas críticas recebidas de outros movimentos, o Rap Nacional não deve responder, mas sim consentir e repensar, porque temos que admitir que grande parte do público é culpado, por não zelar pelo movimento e parte dos cantores são culpados por agirem com hipocrisia não seguindo o que muitas vezes falam no palco, quando falam. A partir do momento em que o Rap se dar o respeito poderá ele cobrar da sociedade, mas cooptado como anda sendo, acredito que não todos, mas a maioria não tem moral para cobrar respeito alheio. Um ponto que é fundamental salientar aqui e que é fato é que o movimento como um todo pode ser desrespeitado, mas quando o grupo/cantor é sincero e demonstra postura, quando não usa máscara o respeito automaticamente chega a ele. 


RG - Você pretende continuar na carreira solo ou irá adicionar pessoas ao grupo? 

Não que seja carreira solo, mas atualmente sou o único integrante oficial do M19 por escassez de compromisso que percebo que há. Acredito que mais alguém pra fortalecer ao menos nos shows seria ótimo, porém, como diz o conhecido ditado: “Melhor sozinho do que mal acompanhado!”. Escrever, gravar e subir no palco é fácil e há muitos, o difícil é encontrar alguém que preze por uma postura e compromisso. Como hoje em dia conto diretamente com meus manos do Liberdade e Revolução, que além de possuirmos uma enorme identificação ideológica, cantam comigo nos shows como se fossem de fato do grupo, a razão de eu cantar “sozinho” não me atrapalha em nada, portanto a adesão de um cantor a mais no M19 virá ou não, de acordo com as adversidades. 


RG - Fala pra galera um pouco mais sobre seus futuros projetos no Rap. 

Meu próximo projeto, que na verdade já está em andamento não é especificamente do M19, mas sim da Família Rap Nacional, juntamente com os membros da organização. A Marcha da Periferia será realizada no dia 20 de Novembro, na Praça da Sé, no centro de São Paulo-SP, onde contamos com todas as organizações que tem algo a dizer a esse governo do traidor do PT e à todo esse sistema imperialista! Precisamos ir além dos palcos, além das rimas, além das fotos e clipes, precisamos de ação coletiva, de verdadeira Resistência! Nós, da Família Rap Nacional queremos pôr o que a muito vem sendo pregado em prática! Sobre projetos do M19, estou escrevendo novas letras, já tenho o tema do novo trabalho, pode que tenha alguma alteração no decorrer do tempo, pois nada é concreto ainda, mas espero agradar aos ouvidos de todo o oprimido e atacar diretamente à burguesia e o imperialismo mundial. 

Por Renata Bettoni
Jornalista – RapGyn.Com

DA ANTI-CIDADANIA

OBSERVAR x ABSORVER

Por Eduardo Marinho.

O TABLET

INTERVENÇÃO #8

MEDIOCRIDADE

 

CRIAR


O QUEBRADOR DE PEDRAS

Era uma vez um simples quebrador de pedras que estava insatisfeito consigo mesmo e com sua posição na vida. 

Um dia ele passou em frente a uma rica casa de um comerciante. Através do portal aberto, ele viu muitos objetos valiosos e luxuosos e importantes figuras que freqüentavam a mansão. 

"Quão poderoso é este mercador!" pensou o quebrador de pedras. Ele ficou muito invejoso disso e desejou que ele pudesse ser como o comerciante. 

Para sua grande surpresa ele repentinamente tornou-se o comerciante, usufruindo mais luxos e poder do que ele jamais tinha imaginado, embora fosse invejado e detestado por todos aqueles menos poderosos e ricos do que ele. Um dia um alto oficial do governo passou à sua frente na rua, carregado em uma liteira de seda, acompanhado por submissos atendentes e escoltado por soldados, que batiam gongos para afastar a plebe. Todos, não importa quão ricos, tinham que se curvar à sua passagem. 

"Quão poderoso é este oficial!" ele pensou. "Gostaria de poder ser um alto oficial!" 

Então ele tornou-se o alto oficial, carregado em sua liteira de seda para qualquer lugar que fosse, temido e odiado pelas pessoas à sua volta. Era um dia de verão quente, e o oficial sentiu-se muito desconfortável na suada liteira de seda. Ele olhou para o Sol. Este fulgia orgulhoso no céu, indiferente pela sua reles presença abaixo. 

"Quão poderoso é o Sol!" ele pensou. "Gostaria de ser o Sol!" 

Então ele tornou-se o Sol. Brilhando ferozmente, lançando seus raios para a terra sobre tudo e todos, crestando os campos, amaldiçoado pelos fazendeiros e trabalhadores. Mas um dia uma gigantesca nuvem negra ficou entre ele e a terra, e seu calor não mais pôde alcançar o chão e tudo sobre ele. 

"Quão poderosa é a nuvem de tempestade!" ele pensou "Gostaria de ser uma nuvem!" 

Então ele tornou-se a nuvem, inundando com chuva campos e vilas, causando temor a todos. 

Mas repentinamente ele percebeu que estava sendo empurrado para longe com uma força descomunal, e soube que era o vento que fazia isso. 

"Quão poderoso é o Vento!" ele pensou. "Gostaria de ser o vento!" 

Então ele tornou-se o vento de furacão, soprando as telhas dos telhados das casas, desenraizando árvores, temido e odiado por todas as criaturas na terra. Mas em determinado momento ele encontrou algo que ele não foi capaz de mover nem um milímetro, não importasse o quanto ele soprasse em sua volta, lançando-lhe rajadas de ar. Ele viu que o objeto era uma grande e alta rocha. 

"Quão poderosa é a rocha!" ele pensou. "Gostaria de ser uma rocha!" 

Então ele tornou-se a rocha. Mais poderoso do que qualquer outra coisa na terra, eterno, inamovível. Mas enquanto ele estava lá, orgulhoso pela sua força, ele ouviu o som de um martelo batendo em um cinzel sobre uma dura superfície, e sentiu a si mesmo sendo despedaçado. 

"O que poderia ser mais poderoso do que uma rocha?!?" pensou surpreso. 

Ele olhou para baixo de si e viu a figura de um quebrador de pedras.

O POTE RACHADO

Um carregador de água na Índia levava dois potes grandes, ambos pendurados em cada ponta de uma vara a qual ele carregava atravessada em seu pescoço. Um dos potes tinha uma rachadura, enquanto o outro era perfeito e sempre chegava cheio de água no fim da longa jornada entre o poço e a casa do chefe; o pote rachado chegava apenas pela metade. 

Foi assim por dois anos, diariamente, o carregador entregando um pote e meio de água na casa de seu chefe. 

Claro, o pote perfeito estava orgulhoso de suas realizações. Porém, o pote rachado estava envergonhado de sua imperfeição, e sentindo-se miserável por ser capaz de realizar apenas a metade do que ele havia sido designado a fazer. 

Após perceber que por dois anos havia sido uma falha amarga, o pote falou para o homem um dia à beira do poço. 

"Estou envergonhado, e quero pedir-lhe desculpas." 
- "Por quê?" Perguntou o homem. 
- "De que você está envergonhado?" 
- "Nesses dois anos eu fui capaz de entregar apenas a metade da minha carga, porque essa rachadura no meu lado faz com que a água vaze por todo o caminho da casa de seu senhor. Por causa do meu defeito, você tem que fazer todo esse trabalho, e não ganha o salário completo dos seus esforços," disse o pote. 

O homem ficou triste pela situação do velho pote, e com compaixão falou: 

- "Quando retornarmos para a casa de meu senhor, quero que percebas as flores ao longo do caminho." 

De fato, à medida que eles subiam a montanha, o velho pote rachado notou as flores selvagens ao lado do caminho, e isto lhe deu certo ânimo. 

Mas ao fim da estrada, o pote ainda se sentia mal porque tinha vazado a metade, e de novo pediu desculpas ao homem por sua falha. 

Disse o homem ao pote: 

- "Você notou que pelo caminho só havia flores no seu lado. Eu ao conhecer o seu defeito, tirei vantagem dele. E lancei sementes de flores no seu lado do caminho, e cada dia, enquanto voltávamos do poço, você as regava. 
Por dois anos eu pude colher estas lindas flores para ornamentar a mesa de meu senhor. 
Sem você ser do jeito que você é, ele não poderia ter esta beleza para dar graça à sua casa." 

BANKSY - CAPITALISM

ABOUT THE ADVERTISES

INTERVENÇÃO #7

QUEM ESCREVE
EM PROSA,
POEMAS;
E EXPLORA
OS FONEMAS,
OS PENSAMENTOS
REVELA
E A EXISTÊNCIA
RELEVA.

INTERVENÇÃO #6

NÃO AO DOGMATISMO!
ABISMO DO NÃO-PENSAR.
ACEITAR IDEIAS
SEM QUESTIONAR?
NEM PENSAR!
SENSO CRÍTICO PARA
FORMAR UM IDEÁRIO
É NECESSÁRIO.

INTERVENÇÃO #5

RESISTÊNCIA E EXISTÊNCIA

SE VOCÊ NÃO RESISTE,
LOGO, SUCUMBE,
A TERRA TE ENGOLE
E VOCÊ VIRA ESTRUME.

INTERVENÇÃO #4

O CONFORMISMO
SUBMERGE
GRADATIVAMENTE
NUM ABISMO
CRIADO
PELO SENDO CRÍTICO.

INTERVENÇÃO #3

PROPAGANDO IDEIAS

COMPOR NÃO É ORDEM.
POETIZAR,
PROTESTAR,
TODOS PODEM.

OS VERSOS DÃO OUTRA VISÃO
DE COMO AS COISAS SÃO,
UMA OUTRA OPINIÃO.

AS PESSOAS SE IDENTIFICAM,
TAIS IDEIAS AS EDIFICAM,
ATÉ MUITOS COMPARTILHAM.

UM PENSAMENTO COERENTE
INFILTRA-SE NA NOSSA MENTE
E NOS TORNA MAIS CONSCIENTES
DO MUNDO QUE CERCA A GENTE.

INTERVENÇÃO #2

POESIA ELEVADA AO CUBO