Em uma de suas entrevistas, o ilustre Donald Knuth dá um conselho aos jovens: "Try to learn something about everything and everything about something". Traduzindo, seria algo como "Tente aprender algo sobre tudo e tudo sobre algo".
Por que esta frase é importante para mim?
Bom, existem dois aspectos para serem abordados aqui: (i) Algo sobre tudo e (ii) Tudo sobre algo.
Desde a adolescência, não me contento em estudar apenas uma área do conhecimento. Entretanto, isso não significa que não exista algum assunto no qual eu dedique minha atenção quando necessário. Ou seja, tento não ser aquele tipo de pessoa que quer saber de tudo, mas, no final, acaba sabendo de nada. Neste contexto, também procuro sempre respeitar minhas limitações em determinadas situações, como velocidade para assimilar alguns conceitos muito abstratos, por exemplo.
(ii) Atualmente, tenho um cronograma de estudos e metas bem definidas, mesmo ciente da possibilidade do não cumprimento de algumas delas até o fim dos meus dias, por motivos diversos e imprevisíveis. Assim, mantenho meu foco no aprendizado de conceitos e ferramentas que me ajudem a explorar meu lado criativo, seja no aprimoramento da minha arte ou no desenvolvimento de soluções tecnológicas.
(i) Por outro lado, penso que o conhecimento e a cultura da humanidade é algo muito rico e vasto para eu me afunilar em apenas um assunto. Por isso, como ser social, também tento aprender um pouco sobre tudo, mesmo que aquilo não defina uma possível linha de pesquisa. O aprender pelo simples prazer de aprender. O saber por saber.
Penso que: Pode ser que uma pessoa nunca se torne um Neruda, mas isso não a impede de escrever. Pode ser que uma pessoa nunca se torne um Charles Darwin, mas isso não a impede de estudar biologia. Pode ser que uma pessoa nunca se torne um Jimi Hendrix, mas isso não a impede de aprender a tocar violão ou guitarra. Pode ser que uma pessoa nunca se torne um Galileu Galilei, mas isso não a impede de estudar astronomia. Pode ser que uma pessoa nunca se torne um Chopin, mas isso não a impede de aprender a tocar piano. Pode ser que uma pessoa nunca se torne um Sartre, mas isso não a impede de filosofar. Pode ser que uma pessoa nunca se torne um Tony Hawk, mas isso não a impede de aprender a andar de skate. Pode ser que uma pessoa nunca se torne um Bauman, mais isso não a impede de estudar sociologia. Pode ser que uma pessoa nunca se torne uma Marie Curie, mas isso não a impede de estudar química. Pode ser que uma pessoa nunca se torne um Magnus Carlsen, mas isso não a impede de aprender a jogar xadrez. Pode ser que uma pessoa nunca se torne um Van Gogh, mas isso não a impede de aprender a pintar. Pode ser que uma pessoa nunca se torne um Gauss, mas isso não a impede de aprender matemática. Pode ser que uma pessoa nunca se torne um Einstein, mas isso não a impede de aprender física. Pode ser que uma pessoa nunca se torne um Alan Turing, mas isso não a impede de aprender computação. Enfim, as referências são muitas.
Meu estilo de vida baseia-se no equilíbrio destas duas ações, o que tem me ajudado a lidar com esta questão existencial.
Baseado nisso, decidi que, sempre que possível, selecionarei algum tópico aleatório da minha extensa lista de pesquisas, que mantenho há alguns anos, e irei procurar saber um pouco mais sobre o assunto, seja lendo um página da Wikipédia, um artigo ou assistindo a um vídeo. E como forma de compartilhar todo esse saber, farei um breve resumo sobre o conteúdo estudado, disponibilizando a fonte das informações.
