quarta-feira, 23 de dezembro de 2015

SUPER SIZE ME - A DIETA DO PALHAÇO

Um bom documentário para refletir sobre os nossos hábitos alimentares e a relação das redes (nacionais e multinacionais) de fast-food com a sociedade.

Eu, particularmente, há alguns meses decidi seguir uma dieta vegetariana, por motivos éticos (libertação animal) e de saúde. Sei que ainda é pouco para mudar esta realidade cruel em que vivemos, mas, aos poucos, estou revolucionando minha maneira de pensar e agir, pois, assim, isso acarretará diretamente em melhorias sociais.

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No filme, Spurlock segue uma dieta de 30 dias (fevereiro de 2003) durante os quais sobrevive em sua totalidade com a alimentação e a compra de artigos exclusivamente do McDonald's. O filme documenta os efeitos que tem este estilo de vida na saúde física e psicológica, e explora a influência das indústrias da comida rápida.

Durante a gravação, Spurlock comia nos restaurantes McDonald's três vezes ao dia, chegando a consumir em média 5000 kcal (o equivalente de 6,26 Big Macs) por dia durante o experimento.

Antes do início deste experimento, Spurlock, comia uma dieta variada. Era saudável e magro, e media 188 cm de altura com um peso de 84,1 kg. Depois de trinta dias, obteve um ganho de 11,1 kg, uns 11% de aumento da massa corporal deixando seu índice de massa corporal em 23,2 (dentro da faixa "saudável" 19-25) a 27 ("sobrepeso"). Também experimentou mudanças de humor, disfunção sexual, e dano ao fígado. Spurlock precisou quatorze meses para perder o peso que havia ganhado.

terça-feira, 22 de dezembro de 2015

sexta-feira, 18 de dezembro de 2015

ANA CRISTINA CÉSAR, ‘POETA MARGINAL’ DOS ANOS 70, SERÁ HOMENAGEADA NA FLIP

Admito que não sou um grande conhecedor da obra da (linda) poeta, mas vi aqui uma oportunidade para aprender mais sobre ela.

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Ana Cristina César. / ACERVO IMS

Uma mulher, poetisa e expoente da literatura marginal brasileira nos anos 70, será a homenageada da próxima Festa Literária de Paraty. Ela é Ana Cristina César (1952-1983), carioca que foi ícone literário de sua geração e cuja obra – em poesia, tradução e crítica literária – convida a um resgate que ainda está por acontecer. A escolha da Flip, que após 13 anos de existência põe pela segunda vez uma autora feminina em destaque (a primeira foi em 2005, com Clarice Lispector), endossa os movimentos de mulheres em prol de liberdades individuais e direitos coletivos que ganham, desde outubro, as ruas do país. Por outro lado, põe em foco a Poesia Marginal, movimento do qual fez parte e que eclodiu com a antologia 26 poetas hoje (1975), de Heloísa Buarque de Hollanda.

Paulo Werneck, que é o curador da Flip pelo terceiro ano consecutivo, conta que Ana C. (como os amigos a chamavam), estava na mesa de discussão sobre os homenageados da festa há algum tempo. “Este ano ela se impôs graças à importância de sua obra, mas também pelo fato de a poesia contemporânea funcionar muito bem na Flip”, afirma o curador. Vale lembrar que, na última edição da festa, a jovem poetisa portuguesa Matilde Campilho foi uma das autoras mais celebradas nas mesas literárias e também nas livrarias – seu livro de estreia, Jóquei (editora 34), foi o título mais vendido em Paraty. Dois anos atrás, na edição de 2013, outras duas jovens poetisas, Ana Martins Marques e Bruna Beber, brilharam também – e Rua da padaria (Record), de Beber, foi o título mais vendido daquele ano.

Ainda que um revival de Ana Cristina César já tenha se esboçado em 2013 com a publicação pela Companhia das Letras da antologia Poética, pode-se esperar muito mais a partir de agora. Elizama Almeida, assistente cultural da curadoria de literatura do Instituto Moreira Salles, que detém o acervo da escritora no Rio de Janeiro, comemora: “Ana C. foi incluída no grupo da Poesia Marginal, mas nunca deixou de se destacar dentro dele, com uma voz própria. Há inclusive uma tradição clássica em sua obra, influenciada por Carlos Drummond de Andrade e Manuel Bandeira", explica a pesquisadora. Entre as influências de fora, aparecem especialmente as inglesas Katherine Mansfield e Sylvia Plath, que ela traduziu ao português.


Não sei como poderei pegar no sono. A literatura me perturba. Uma caixa cheia de cartões-postais me perturba. A renúncia me perturba. Até uma caixa d’água, um otorrino gauche, um índice onomástico. Tomo tudo na veia"
- Ana C. em carta dirigida ao amigo e poeta Armando Freitas Filho


A poesia da carioca é marcada por um tom confessional, direto e de grande coloquialidade. Seus primeiros livros, Cenas de abril e Correspondência completa, foram editados de maneira 100% independente e caseira, pela própria autora e por seus colaboradores e amigos mais próximos, o poeta Armando Freitas Filho e Heloisa Buarque de Hollanda. Em 1982, surge seu primeiro livro lançado por uma editora (a Brasiliense): A teus pés. “Esse foi o primeiro livro da série Cantadas literárias, que tem uma importância enorme por ter lançado não só Ana Cristina, mas escritores como Caio Fernando e Marcelo Rubens Paiva”, diz Paulo Werneck. Para Elizama Almeida, A teus pés amplia o espectro da autora, “porque ela sai do fazer experimental e passa, em um ambiente mais formal, a dialogar com um público mais amplo, que a consagrou”.


Escrever é a parte que chateia, fico com dor nas costas e remorso de vampiro. Vou fazer um curso secreto de artes gráficas. Inventar o livro antes do texto. Inventar o texto para caber no livro. O livro é anterior. O prazer é anterior, boboca"
- Ana C. em carta dirigida a Heloisa Buarque de Hollanda


A morte precoce de Ana C., que se suicidou aos 31 anos, é um tema que permeia as discussões sobre a escritora. Mas tanto o curador como a pesquisadora preferem afastar essa lupa ao analisar seu legado. “A homenagem da Flip tem o objetivo, junto ao público, de ajudar a apresentar um autor  que ainda não se conheça e também desfazer lugares comuns ao redor dele. No caso da Ana Cristina, esse é um aspecto, mesmo evocando uma força e até certo mistério, que limita sua obra”, opina Werneck. Elizama diz que as portas do IMS estão abertas a pesquisadores e interessados no vasto universo da poetisa. E esclarece: “Os momentos mais difíceis na vida dela foram os dois últimos anos antes do suicídio, segundo relatam amigos, e as cartas que ela deixou. Ana era uma pessoa alegre e inteligente, e seria errado que sua morte servisse de chave de leitura principal de sua obra”, diz a especialista, que recomenda o documentário Bruta Aventura em Versos, de Letícia Simões, aos curiosos.


A 14a edição da Flip acontece entre os dias 29 de junho e 3 de julho de 2016. E, no rastro desta homenagem, a poesia marginal deverá impregnar a programação, assim como – espera-se – a voz literária (normalmente silenciada) das mulheres.

Ana C. / INSTITUTO MOREIRA SALLES

segunda-feira, 14 de dezembro de 2015

'É UMA LOUCURA SAUDÁVEL', DIZ ESPECIALISTA EM CRIAR PALÍNDROMOS

(Eu já me aventurei na criação de palíndromos... Ame Lídia, Ana. Ai, dilema. No meu primeiro livro tem até um poema-concreto-palíndromo, o PALÍNDROMO DO DESAMADO. Muitos palíndromos são criativos, mas outros caem na obviedade...)

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Ziro tem 64 anos e começou a gostar de palíndromo aos 12 anos (Foto: Adriana Justi / G1)

Palíndromos são palavras que podem ser lidas de maneira invertida. Curitibano criou 4,5 mil palíndromos, entre palavras, frases e poemas.

A brincadeira em criar palavras e frases que fazem leitura tanto da esquerda para direita quanto da direita para a esquerda, conhecida como palindromia, se tornou especialidade para o professor de Matemática Ziro Roriz. Aos 64 anos, ele coleciona mais de 4,5 mil palíndromos, entre palavras, frases, textos e poemas. Além de um texto palindrômico com 356 palavras.

"Considero como um desafio linguístico e, acima de tudo, uma brincadeira. Não consigo mais ler uma palavra sem imaginar uma forma de ela ser lida de maneira invertida", explica. O próprio nome dele, inclusive, é um palíndromo.

Os próximos objetivos de Roriz são o lançamento de um livro com aproximadamente 450 páginas, em março deste ano, e a realização de palestras sobre o assunto.

Ao G1, Roriz contou que a prática do palíndromo é tida por muitos como uma "inutilidade", mas que para ele é uma predileção e um incentivo à criatividade. "Eu aprendi a prestar atenção em mais palavras e a exercer a criatividade diariamente", conta.

Ziro explica que as frases palindrômicas não precisam ter sentido, mas tem que dar a mesma leitura no sentido contrário  (Foto: Editoria de Arte / RPC TV)

"Tem gente que gosta de jogar futebol, assistir novela (...) eu gosto de criar palíndromos", brinca. Um dos palíndromos mais antigos da língua portuguesa, segundo ele, é o "ROMA ME TEM AMOR".

A frases palindrômicas não precisam, necessariamente, ter um sentido real, mas tem que dar a mesma leitura no sentido contrário letra por letra. "E para quem acha que isso é uma bobagem, eu diria que até uma 'MEGA BOBAGEM' pode ser um palíndromo. É só ler de trás para frente", brinca.

Frase é um dos palíndromos mais antigos da língua portuguesa, segundo Ziro (Foto: Editoria de Arte / RPC TV)

O palindromista começou a tomar gosto pela curiosidade em montar palavras invertidas aos 12 anos, na sala de aula, quando um colega escreveu no quadro "SOCORRAM-ME, SUBI NO ÔNIBUS EM MARROCOS".

"Aquilo me chamou muito a atenção. Achei curioso e fiquei imaginando várias outras frases que poderiam ter o mesmo sentido de trás para frente". "Comecei escrevendo algumas poesias, que, por sinal, eram muito ruins, brinca, mas que foram melhorando com o tempo", lembra Ziro.

Ele contou que, por conta das ocupações do dia a dia, acabou não dando tanta importância na época, mas que não conseguia mais ler o nome de uma placa ou conhecer o nome de alguém sem imaginar o inverso.

Ziro já criou mais de 4,5 mil palíndromos  (Foto: Editoria de Arte / RPC TV)

Atualmente e já considerado como um especialista em palíndromos, Ziro destacou que em alguns casos uma só palavra não forma uma palíndromo. "O ideal é que as palavras sejam formadas de consoantes e vogais seguidas. Quando isso não acontece, normalmente é necessário acrescentar outra palavra. Para explicar, ele citou um exemplo com o nome  Adriana. "O contrário não daria leitura, mas se eu formar a frase "ANAIR DA ADRIANA" forma uma palíndromo", justifica. "O palíndromo está em qualquer lugar. Basta ter criatividade".

Um desafio empolgante, conforme ele, é manter os sinais e acentos gráficos das letras da frase normal, nas mesmas letras da frase palindrômica, como por exemplo, "SOBRE VÓS SÓ VERBOS", ou "AMARGA É A GRAMA".

Confira o texto criado por Ziro com 356 palavras palindrômicas.


quinta-feira, 10 de dezembro de 2015

SOM

NO SILÊNCIO DO QUARTO
SEU SUSSURRO
DE BAIXA FREQUÊNCIA
É UM TRANSPORTE
PARA UM MUNDO SEM CARÊNCIA.


* Poema que mandei no Slam do Grito (25/02/15), na batalha chamada "slampejo", onde o público escreve três palavras em alguns quadros brancos e os poetas tem um minuto para bolar algo. Desta vez as minhas palavras foram FREQUÊNCIA, TRANSPORTE, SILÊNCIO.

terça-feira, 8 de dezembro de 2015

segunda-feira, 7 de dezembro de 2015

quinta-feira, 3 de dezembro de 2015

POLÍTICA PÚBLICA

É FÁCIL CLASSIFICAR
O BOLSA FAMÍLIA
COMO BOLSA ESMOLA
QUANDO SE TEM GRANA
DENTRO D'UMA CARTEIRA
DE COURO DE COBRA.

terça-feira, 1 de dezembro de 2015