segunda-feira, 12 de dezembro de 2016

A OPINIÃO DOS ALUNOS: QUAL É O SENTIDO DA VIDA?

Muito interessante a proposta da professora. Me fez lembrar do texto CONSIDERAÇÕES SOBRE O SENTIDO DA VIDA que escrevi há um tempo atrás.

* * *

No DIA MUNDIAL DA FILOSOFIA, lançamos aos alunos da escola e aos leitores deste blogue um desafio, ver AQUI:

A Filosofia está em todo o lado… dizem os alunos. Muitos explicaram como é que podemos responder aos problemas filosóficos propostos. Obrigada a todos!

Eis algumas das melhores opiniões:


Se afinal vamos morrer, que sentido faz viver?

Um dos maiores questionamentos do homem é o sentido da vida. O desconhecido é algo que sempre amedrontou a humanidade, afinal não temos nenhuma resposta que nos situe numa perspetiva indiscutível. Resta-nos refletir.

Na minha opinião, viver sabendo que a qualquer momento pode ser o meu último é, no mínimo, angustiante. E várias vezes me pergunto se o nosso destino final é o caixão porque damos tanto valor a preocupações menores como, por exemplo, uma simples nota negativa em provas escolares?

Bem, durante centenas de anos, o homem tentou explicar o sentido da vida. Vários filósofos tentaram e tentam dar explicações a essa pergunta. Na religião, um exemplo é o cristianismo que defende ser o sentido da vida a comunhão com Deus, tanto na vida como após a morte. Nas doutrinas que defendem a reencarnação da alma, o sentido da vida é evoluir e tornarmos-nos pessoas melhores a cada passagem pela Terra. No judaísmo, o sentido da vida é, de forma simplificada, a reverência perante a Deus e a sua vontade.

Não sou apegada a nenhuma religião e muito menos pretendo me apresentar como filósofa, porém penso que o sentido da vida é uma escolha e varia para cada um de nós. Ora, como vamos definir o sentido da vida para ser aplicado a todos, se a personalidade e os contextos, tanto social quanto econômico das pessoas, são diferentes?

Mas deve-se ressaltar que na sociedade também somos levados a padronizar o nosso modo de viver, bem como a nos enquadrarmos dentro de uma determinada moral. Podemos mesmo lembrar exemplos extremos de conformismo aos modelos socialmente aceites, como o nazismo na Alemanha e o fascismo na Itália.

De qualquer maneira, desde pequenos, somos ensinados que a única variável certa da vida é a morte. Todavia, não sabemos em que momento ela vai chegar.

“Se afinal vamos morrer, que sentido faz viver? ” 

Ora, só porque sabemos o destino final, a viagem e o modo como ela é feita não é importante?

O sentido da vida, acredito eu, pode estar mais nas pequenas coisas, como ver as primeiras folhas espalharem-se pelo chão anunciando o começo do outono ou, simplesmente, ver o sol nascer.

Considero que temos de dar valor às lições que recebemos ao longo da vida - pode ser um conselho sábio de um idoso ou o estudo da filosofia – e construirmos e legarmos algo que auxilie as gerações futuras.

Por fim, penso que a busca pelo sentido de viver é algo que criamos para aceitar e suportar a verdade iniludível: vamos todos morrer um dia.

Luísa Torres, nº14, 11º8


Se afinal vamos morrer, que sentido faz viver?

A morte é, provavelmente, a única certeza que temos na vida, é algo inevitável, não temos opção de escolha. Vai chegar uma fase da nossa vida na qual iremos morrer. E momentos antes de tal suceder, talvez pensemos sobre o sentido que demos à nossa vida. Será que a aproveitamos da melhor forma? Será que queremos morrer com a sensação de que não vivemos o suficiente? Que não aproveitamos a vida ao máximo? 

Bem, esta resposta depende de cada pessoa, dos seus objetivos e respetivos sonhos. Cabe a cada um escolher o sentido que quer dar à vida, fazer com que esta valha a pena e com que nos sintamos bem connosco próprios. 

Estamos constantemente a ser postos à prova pela vida, por exemplo, ao longo desta vamos conhecendo pessoas, umas tornam-se amigas para uma vida inteira, outras passam por ela simplesmente para nos ensinar um qualquer tipo de lição. 

Na minha opinião, não devemos nem podemos, em altura nenhuma, desperdiçar a vida com detalhes e pormenores desinteressantes (como por exemplo: dar demasiada importância às pessoas de quem não gostamos ou às que nos irritam diariamente). 

Talvez tenhamos nascido com um propósito: o de vivermos felizes; de aproveitarmos a vida concretizando os nossos sonhos; de aprendermos e ensinarmos igualmente; de proporcionar a maior felicidade, tanto para nós como para os outros e, por fim, de praticarmos o bem, tanto para a sociedade como para os que nos são próximos.

Aristóteles, outrora, disse: "A felicidade depende de nós mesmos" e não deixa de ser verdade, pois cabe a cada um decidir ser feliz e como sê-lo, descobrindo o que dá sentido à sua vida.

Catarina Possante, nº4, 11º8


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