Depois da partida de futebol de hoje, lembrei da época que eu atravessava de um lado ao outro da rua, driblando todo mundo e chutando uma bolinha de futsal semiprofissional meio murcha entre duas pedras.
Quando eu era criança, jogava muita bola, tanto na rua, como numa escolinha de futebol. Gostava muito do Denilson e do Ronaldinho Gaúcho. Mas, com o tempo, devido aos novos interesses e responsabilidades, parei. Até o interesse em acompanhar os jogos diminuiu.
Hoje, senti que perdi quase toda a prática de manejar a bola com os pés. Até mesmo os reflexos para dominar, fazer um lançamento ou chutar com potência.
Penso que isso aconteceu porque, com o tempo, passei a me dedicar mais a leitura e escrita de textos, e ao raciocínio lógico no desenvolvimento de algoritmos e problemas matemáticos.
O psicólogo americano Howard Gardner desenvolveu uma teoria na qual ele levanta a questão das inteligências múltiplas, que eu concordo cada vez mais.
Quando estava esperando meu time entrar para jogar, fiquei pensando porque caras como Messi são considerados gênios da bola. Isso acontece porque a capacidade de percepção espacial e coordenação motora dele são extremamente altas.
Penso que, com estudo e prática, cada um pode desenvolver uma habilidade e ser excepcional nela.
Para não dizer que não fiz nada, dei uma canelada na bola para dentro do gol. Acho que, no meu caso, minha aptidão está mais no campo das artes visuais, linguística e lógico-matemática. E vou continuar estudando para me desenvolver nelas cada vez mais.
Mas se alguém quiser me chamar para bater uma bola quando eu voltar para São Paulo, eu aceito.
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