Texto publicado primeiramente no seu perfil do Facebook:
Tudo começou numa terça, quando apareceram dois cachorrinhos de aproximadamente 3 meses na porta da minha casa, chorando como se estivessem a procura de um lar.
Quando os vi fiquei muito comovida, então dei comida e água para eles. No entanto, no dia seguinte, a dona do imóvel - pois moro de aluguel - falou para não dar água nem comida para eles, pois eu já tinha os meus bichos e ela não queria mais saber de cachorros na casa, o que não me impediu de fazer isso.
(Já tenho sete animais de estimação, dois cachorros e cinco gatos, todos resgatados da rua.)
Isso me deixou muito triste, logo, ao sair para trabalhar na sexta-feira, tive uma ideia: levá-los na Paulista para doação.
No domingo, meu filho e minha filha me acompanharam no começo da viagem, pois eles estavam a caminho do ENEM. Quando chegamos na estação de trem do Grajaú, fomos barrados pelos seguranças, pois não é permitido o transporte de animais nos vagões. Para ter certeza, meu filho pesquisou na internet a respeito da lei que trata sobre assunto, e, infelizmente, confirmou que ela permite apenas o transporte em ônibus. Por isso, tive que pegar um em direção ao Terminal Santo Amaro.
Chegando lá, conheci alguns jovens que tiraram fotos e divulgaram no Facebook, informando que eu estava indo para a Paulista para doar os “pecaninos”.
Ao pegar o ônibus Princesa Isabel, tive a oportunidade de conhecer uma moça que trabalha em um pet shop na Consolação, e que me convidou para que eu fosse com ela, pois lá eu conseguiria doá-los. Chegando no local, ela falou com a gerente da manhã, que aceitou que eu ficasse lá, mas falou que a gerente do período da tarde, poderia não deixar, o que realmente ocorreu, pois ela já chegou me barrando e falando que eu não poderia permanecer ali.
Ao acontecer isso, falei com a moça que me convidou, informando que eu não queria que ela saísse prejudicada, pois a gerente advertiu que ela poderia perder o emprego.
Foi então que eu decidi partir para a Av. Paulista.
Com eles dentro da casinha, andei pelo menos seis quarteirões até chegar na avenida, pois não havia condução para eu pegar.
Ao chegar na Paulista, aproximadamente às 16:00, coloquei a coleirinha, os tirei da casinha e expus uma plaquinha de adoção. Logo após, as pessoas já começaram a se aproximar perguntando se poderiam dar carinho neles.
Em torno de uma hora, consegui doar os dois.
A cachorrinha foi doada para um casal de jovens. A moça se aproximou e perguntou o que era necessário para que ela pudesse levar. Disse que não precisava fazer nada. Era só pegá-la e ser feliz. Deixei o contato da minha filha para ela enviar fotos.
Após 20 minutos, consegui doar o outro filhote para uma moça com três filhos adolescentes. Eles se aproximaram achando que era uma fêmea, no entanto, ela já havia sido doada. A moça informou que a família já tinha duas cachorrinhas e queria adotar mais uma. No final, acabaram levando o cachorrinho mesmo. Um dos filhos o segurou no colo e falou que queria levar de qualquer jeito. A mãe perguntou como eles iriam fazer para pegar o metrô e chegar em casa. O filho convicto respondeu que levaria mesmo se fosse a pé.
Terminada esta aventura, fiquei muito feliz, pois recebi muitos elogios e o mais importante de tudo, voltei para casa com a certeza de que eles tinham ganhado uma família e um novo lar.
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