terça-feira, 2 de agosto de 2016

DO EUCALIPTO

vive com a cabeça nas nuvens
e nenhuma tempestade
por mais forte que seja
consegue abalar tua eminência

da tua copa é possível ver
do cantinho todo o céu

na memória centenária
deve guardar lembranças
de quando eu brincava na rua
quando era criança

e mesmo resistindo 
por todo este tempo

receio que o ser humano
para provar sua imponência
te faça curvar sobre o chão
numa eterna reverência

[estou lendo "canto geral" do pablo neruda, no qual ele fala de diversos acontecimentos da sua vida em forma de poesia. O livro está divido em capítulos, os quais eu decidi que, em cada tema, sempre que possível, irei compor um pequeno verso, mas com base na minha história. O Capítulo I fala das vegetações, tema desse poema.]

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