domingo, 28 de setembro de 2014

DA POESIA CONCRETA

Poesia concreta é um tipo de poesia vanguardista, de caráter experimental, basicamente visual, que procura estruturar o texto poético escrito a partir do espaço do seu suporte, sendo ele a página de um livro ou não, buscando a superação do verso como unidade rítmico-formal.

Surgiu com o Concretismo, fase literária voltada para a valorização e incorporação dos aspectos geométricos à arte (música, poesia, artes pláticas). 

Em 1952, a poesia concreta tem seu marco inicial através da publicação da revista “Noigandres”, fundada por três poetas: Décio Pignatari, Haroldo de Campos e Augusto de Campos. 

Contudo, é em 1956, com a Exposição Nacional de Arte Concreta em São Paulo, que a poesia concreta se consolida como uma nova e inusitada vertente da literatura brasileira. 

O poema do Concretismo tem como característica primordial o uso das disponibilidades gráficas que as palavras possuem sem preocupações com a estética tradicional de começo, meio e fim e, por este motivo, é chamado de poema-objeto. 

Outros atributos que podemos apontar deste tipo de poesia são: 

- a eliminação do verso; 
- o aproveitamento do espaço em branco da página para disposição das palavras; 
- a exploração dos aspectos sonoros, visuais e semânticos dos vocábulos; 
- o uso de neologismos e termos estrangeiros; 
- decomposição das palavras; 
- possibilidades de múltiplas leituras.



EXEMPLOS DE POEMAS CONCRETOS E POEMAS-OBJETO

Autor: Eduardo Marinho

Autor: Amir Brito Cadôr

Autor: Augusto de Campos

Autor: Pedro Xisto

Autor: Anatol Knotek

Autor: Augusto de Campos

Autor: Arnaldo Antunes

Autor: Augusto de Campos

Autor: E. M. de Melo e Castro



Autor: Anatol Knotek













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