Caminho na linha tênue entre a genialidade e a loucura...
Comecei a escrever e me interessar por poesia no final de 2012, e de lá para cá não parei mais. Exceto por um período em que eu pensei que estava ficando louco.
No início, eu escrevia como uma forma de expressar minha indignação perante algumas realidades que eu vivenciava, porém, no decorrer do tempo, comecei a pesquisar diversos poetas e estudar as diversas escolas poético-literárias para agregar ideias na construção dos meus poemas.
Aprecio muito o estilo poético livre, que não segue métricas nem padrões, mas conforme fui estudando mais e mais, conheci o haicai, soneto, poesia concreta, poesia visual e afins. Então comecei a me aventurar a tentar criar poemas que seguissem tais linhas poéticas.
Escrevi alguns sonetos, geralmente na forma ABAB CDCD EFG EFG (acho que é assim que representa... rs).
Depois conheci o haicai. Onde minha ideia depois de lançar o meu primeiro livro PROTESTIZANDO, seria lançar um livro com 575 haicais em 2015. Foi então que minha paranoia começou (rs). Não conseguia olhar para as coisas nem situações de forma “indiferente”, sempre queria transcrever aquele momento em um haicai, e o pior, seguindo a métrica clássica de 5-7-5 sílabas poéticas. Anotava tudo em uma caderneta que carrego comigo e escrevia diariamente. Às vezes, não conseguia me concentrar nos estudos acadêmicos e nas atividades do dia a dia... Uma época difícil.
Foi então que desencanei do haicai e decidi partir para outro caminho: a poesia concreta/visual. No meu primeiro livro, publiquei algumas das minhas primeiras experimentações poéticas nesta linha, mas mesmo assim, eu não conhecia muito da história desta vertente, por isso, decidi estudá-la a fundo no começo de 2015. Comprei livros, fiz diversas pesquisas na internet, li artigos, conheci blogs e absorvi grande conhecimento e inspiração.
Paralelo a isso, eu também enfrentava um problema, pois o meu foco agora tinha mudado do haicai para experimentações poéticas. Tudo que eu vivenciava no cotidiano, tentava transformar em poesia concreta/visual. Foi um período difícil também, mas bem mais produtivo que no caso do haicai, pois este período me possibilitou a criação dos poemas que comporão o meu próximo livro, A LER VAZIOS.
Paralelo a isso, eu também enfrentava um problema, pois o meu foco agora tinha mudado do haicai para experimentações poéticas. Tudo que eu vivenciava no cotidiano, tentava transformar em poesia concreta/visual. Foi um período difícil também, mas bem mais produtivo que no caso do haicai, pois este período me possibilitou a criação dos poemas que comporão o meu próximo livro, A LER VAZIOS.
Enfim, algumas pessoas dizem que minhas criações são geniais, mas mal sabem o que se passou na minha cabeça diariamente para que elas viessem ao mundo.
Abaixo, um poema que idealizei num insight enquanto me locomovia para o serviço hoje. Decidi intitulá-lo de TÊNUE.
“Estudos empíricos afirmam que sim, a genialidade possui uma forte relação com a loucura. O mais importante processo entre elas é a desinibição cognitiva: a tendência de prestar atenção a coisas que normalmente seriam ignoradas ou filtradas por parecerem irrelevantes.” (Revista Galileu)
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