sábado, 30 de janeiro de 2021
ESL DISCUSSIONS - EDUCAÇÃO
STUDENT A's QUESTIONS
(1) O que vem à mente quando você ouve a palavra "educação"?
Escola, universidade. Contudo, tenho ciência de que este termo é muito mais abrangente.
(2) Quão importante você acha que a educação é?
Educação é um dos pilares que formam o ser humano.
(3) Você acha que teve uma boa educação?
Na minha época de ensino fundamental e médio, aprendi o básico. Nada fora da curva.
(4) Havia um alto padrão de educação em suas escolas?
Nas escolas que estudei, apesar de ter alguns professores muito dedicados, infelizmente, a estrutura física, dentre outros recursos, ou não existiam ou deixavam a desejar.
(5) Você acha que a qualidade da educação está caindo?
Como estudante de universidade federal, posso afirmar que o ensino neste quesito é de ótima qualidade. Além disso, com o advento e do acesso à internet, penso que a educação está sofrendo uma revolução. Na internet, consigo encontrar ótimos educadores, que lecionam sobre os mais variados assuntos, e de maneira gratuita. Agora, no que se refere à situação de outras instituições de ensino público e privado, não tenho muitas informações.
(6) O que você acha da ideia de toda a educação ser online?
Não acho que seria uma boa ideia, pois penso que no processo de educação também deve haver um fator de socialização "mais humano", ao contrário do que acontece em chats, redes sociais e afins, onde tudo é muito virtual (e, por vezes, artificial). Neste período de pandemia, as aulas virtuais são necessárias, mas é um modelo que não tem me agradado muito, pois gosto de interagir com os colegas e professores pessoalmente.
(7) Que tipo de educação você teve em sua casa?
Uma educação que me ensinou sobre respeito, persistência e empatia para com o próximo.
(8) Como seria o mundo se todos tivessem acesso a uma boa educação?
Com certeza, um lugar muito melhor para viver. Provavelmente, com baixos índices de criminalidade e um melhor estilo de vida para todas as pessoas.
(9) Seu governo realmente se preocupa com a educação?
Infelizmente, depois que o Boçalnaro foi eleito, a educação é algo que foi deixado em segundo plano.
(10) Em que país você acha que pode receber a melhor educação?
Talvez algum com altos níveis no IDH (Índice de Desenvolvimento Humano).
STUDENT B's QUESTIONS
(1) O que é uma boa educação?
Penso que uma boa educação é a transmissão de saberes que visam tornar as relações interpessoais mais harmoniosas, e que também expandem o nosso conhecimento acerca do universo.
(2) O nível de educação em seu país é bom?
Talvez, mas poderia ser MUITO melhor.
(3) O que você gostaria de mudar no sistema educacional de seu país?
A quantidade de investimentos, principalmente, em relação à educação de base e pesquisa acadêmica.
(4) Você gostaria de trabalhar na área de educação?
De certa forma, já atuo na área, não por meio de uma instituição, mas através do meu canal no YouTube, criado quando fui bolsista do Programa de Iniciação à Docência. Agora, em relação a ensinar numa sala de aula no futuro, não sei se isso virá a se concretizar.
(5) Você acha que há muito dinheiro a ser ganho na educação?
Penso que os professores deveriam ser muito mais valorizados. Uma melhor educação é um ótimo investimento.
(6) Que tipo de experiência e qualificações você acha que um ministro ou secretário de educação do governo precisa?
Formação acadêmica superior, bem como pesquisas e projetos voltados para o desenvolvimento social.
(7) Quando começa a educação?
Desde o nascimento, seguindo de maneira gradual, conforme as crianças vão aprendendo a assimilar as coisas.
(8) O que você acha que Mark Twain quis dizer quando disse: “nunca deixe a escola interferir na sua educação”?
É algo válido se a educação recebida por instituições é aquém do que a almejada, ou trata de assuntos que não nos interessa muito. Penso que isso pode ser o pontapé inicial para a adoção de um estilo de vida autodidata, do qual sou adepto em alguns casos. Meu poema AUTODIDATA tem relação com esta questão.
(9) O que você acha da educação para um único sexo?
Me remete a um modelo de ensino arcaico, no qual as escolas ensinavam as mulheres a serem donas de casa e coisas do tipo. Obviamente, algumas instituições que ainda seguem este padrão (de divisão), atualmente, já devem ter mudado de metodologia. Entretanto, penso que as pessoas deveriam ser ensinadas da mesma forma, independentemente de gênero.
(10) O que você acha da ideia de educação ao longo da vida?
Algo em constante construção.
sábado, 16 de janeiro de 2021
ESL DISCUSSIONS - MORTE
STUDENT A's QUESTIONS
(1) O que você acha da morte?
Um acontecimento inevitável ao qual todas as pessoas estão sujeitas.
(2) Por que algumas culturas choram a morte e outras a celebram?
No primeiro caso, pode significar a perda de um ente querido, ou seja, um
acontecimento triste. Penso que o segundo caso é, geralmente, baseado em
crenças religiosas.
(3) Você tem medo da morte?
Não da morte em si, mas de sofrer uma morte agoniante ou dolorosa, como por
afogamento, mutilação etc.
(4) Como você gostaria de ser lembrado?
Por meio das minhas contribuições artísticas e intelectuais.
(5) Você prefere ser enterrado, cremado ou outro tipo de ritual?
Se possível, gostaria que meus orgãos fossem doados, e o restante do meu
corpo fosse cremado.
(6) Você gostaria de enganar a morte e viver para sempre?
Já pensei na possibilidade de viver eternamente, mas não há sentido algum
nisso. Do jeito que tenho procrastinado algumas coisas, a situação só iria
piorar. Gosto de trabalhar com deadlines, assim, mesmo sem ter noção alguma
de quando irei morrer, sei que tenho um tempo finito para tentar aproveitar
ao máximo a vida, com objetivo de alcançar algumas das minhas metas
existenciais. Um curta que toca neste assunto é o The Maker.
(7) O que acontece depois que você morre?
Ocorre a cessação das funções biológicas, e nos tornamos a matéria-prima de
outrora.
(8) Quais são as maiores causas de morte em seu país e como podem ser
revertidas?
Segundo o IBGE,
até 2016, as maiores causas eram relacionadas com doenças isquêmicas do
coração. Penso que se as pessoas adotassem um estilo de vida mais ativo (praticando esportes) e melhorassem a alimentação isso poderia ser mitigado com o tempo.
(9) Você prefere morrer repentinamente ou em alguns meses?
Repentinamente. Saber o período exato ou aproximado da morte deve ser algo
angustiante. Principalmente se for algo que cause sofrimento.
(10) Você já se sentiu muito mal e parecia que a morte estava próxima?
Não que eu me lembre...
STUDENT B's QUESTIONS
(1) O que você aprendeu sobre a morte quando era mais jovem?
Sua imprevisibilidade. Quando tinha 16 anos, meu melhor amigo faleceu em
decorrência de uma doença pulmonar grave, da qual eu não tinha conhecimento.
(2) Você já teve uma experiência em que quase morreu?
Uma vez quando fui atropelado, mas apenas machuquei o pulso. E outra quando
pulei de tirolesa da Ponte Sumaré. Foi tenso.
(3) Alguém está realmente morto quando está com morte cerebral?
Se estiver com algumas funções vitais sendo mantidas por aparelhos, penso
que sim.
(4) Você concorda com a pena de morte?
Esta é uma questão muito delicada e envolve diversos fatores. Ironicamente,
não acho que o sistema judiciário funcione de maneira justa, ou seja, em
diversas situações, podemos ver pessoas recorrendo à sua influência, status
ou poder social, para se "esquivar" de processos criminais (bastante
graves). Também não são raros os casos de pessoas acusadas injustamente por
algo que não fizeram, em sua grande parte pessoas negras, aumentando ainda
mais alguns estigmas sociais.
Enfim, tenho minhas dúvidas se a pena de morte iria, de fato, reduzir os
índices de criminalidade, e penso que a reabilitação social também é algo a
se considerar.
Para quem quiser refletir sobre o assunto, recomendo dois filmes que assisti
recentemente, To Kill a Mockingbird
(1962) e 12 Angry Men
(1957).
(5) O que você acha do suicídio?
Outra questão bastante delicada que também não tenho uma opinião formada,
pois envolve diversos aspectos, como psicológicos, sociais etc., sobre os quais eu precisaria me inteirar antes de opinar.
(6) Você concorda com a eutanásia?
Sim. Inclusive o curta La Dama y la Muerte, que assisti recentemente,
estimula uma reflexão sobre o assunto.
(7) Existe uma personificação da morte em sua cultura?
Que eu saiba, apenas a universal, ou seja, um vulto com uma foice.
(8) No Japão, China e Coréia, o número 4 está associado à morte - há alguma
associação semelhante em sua cultura?
Não que eu saiba. Na verdade, não me interesso por numerologia, nem por
outras pseudociências do tipo.
(9) Você acredita que as pessoas podem voltar dos mortos, como um zumbi?
Não. Apesar de gostar de alguns filmes de ficção que apresentam esta
possibilidade, como o Train to Busan (2016).
(10) Por que você acha que existe tanto fascínio em nosso mundo pela morte?
Assim como a vida, a morte pode ser considerada um divisor de águas, pois
define o antes e o depois. Isso, pensando de maneira a transcender o sentido
do fim da vida biológica, ou seja, abordando também questões como a extinção
de culturas, movimentos artísticos, sistemas econômicos, dentre outras.
OITO DETALHES CURIOSOS ESCONDIDOS EM OBRAS-PRIMAS
A espiral de cachos dourados que repousa sobre o ombro direito da Vênus de
Botticelli não está lá por acaso
O que grandes pinturas e esculturas — da Moça Com Brinco de Pérola, de
Vermeer, à Guernica, de Picasso, de O Grito, de Munch, ao Exército de
Terracota — têm em comum?
Cada uma guarda um detalhe que muitas vezes passa despercebido, mas que traz à
tona seu significado profundo.
Essa, pelo menos, é a premissa do meu livro A New Way of Seeing: The History
of Art in 57 Works ("Uma Nova Maneira de Ver: A História da Arte em 57 Obras",
em tradução livre), um estudo que convida os leitores a se reconectar com
obras que, de tão familiares, não são mais observadas de forma detida.
Tomando como ponto de partida as imagens mais reverenciadas de toda a história
da humanidade (da Coluna de Trajano ao quadro American Gothic, dos Mármores de
Elgin à Dança, de Matisse), fui buscar o que torna a arte grandiosa — por que
algumas obras continuam reverberando no imaginário popular século após século,
enquanto a vasta maioria das criações artísticas escapa da nossa consciência
quase tão rápido quanto interagimos com elas.
Analisando em profundidade essas obras, fiquei surpreso ao descobrir que cada
uma contém um toque de estranheza que, uma vez detectado, desbloqueia novas
leituras emocionantes e muda para sempre a maneira como interagimos com essas
obras-primas.
Conforme esses detalhes notáveis começaram a se revelar, de um dedo
fantasmagórico remexendo na mão direita da Mona Lisa a um símbolo de força do
tarô escondido à vista de todos em um dos autorretratos mais misteriosos de
Frida Kahlo, me lembrei de um comentário de Charles Baudelaire. "A beleza",
escreveu o poeta e crítico francês em 1859, "sempre contém um toque de
estranheza, de uma simples, não premeditada e inconsciente estranheza".
A seguir, um breve resumo de alguns dos detalhes mais extraordinários que
encontrei — toques de estranheza que revigoram, muitas vezes de forma
subliminar, muitas das imagens mais famosas da História da Arte.
Tapeçaria de Bayeux (c. 1077 ou depois)
As mulheres esquecidas que, um milênio atrás, bordaram os 70 metros de tecido
sobre os quais a Tapeçaria de Bayeux narra os acontecimentos que levaram à
Conquista Normanda, não eram apenas costureiras primorosas, mas contadoras de
histórias excepcionais.
A flecha que perfura o olho do Rei Harold em uma cena apoteótica perto do
final do épico visual é um dispositivo metanarrativo que funciona como a
própria agulha com a qual a história foi intrincadamente tecida.
Ao agarrar a flecha, o ferido Harold confunde sua própria identidade com a do
artista e do observador, cujo próprio olho é levado adiante, cena após cena.
Com um único ponto, nosso olho, o de Harold e o da agulha da costureira se
transformam em um só.
Sandro Botticelli, 'O Nascimento de Vênus' (1482-1485)
Uma espiral de cachos dourados suspensa no ombro direito da deusa na
obra-prima renascentista de Sandro Botticelli, O Nascimento de Vênus, funciona
como um motor em miniatura no eixo vertical da pintura, impulsionando-a para
nossa imaginação.
Uma curva logarítmica perfeita, não é um ornamento incidental ou acidental do
pincel. O mesmo vetor giratório, que pode ser observado no mergulho das aves
de rapina e na espiral das conchas de nautilus, hipnotiza pensadores desde a
antiguidade.
No século 17, um matemático suíço, Jacob Bernoulli, acabaria batizando essa
forma de curl spira mirabilis, ou "espiral maravilhosa". Na pintura de
Botticelli — uma obra que celebra a elegância atemporal — a espiral
impenetrável sussurra no ouvido direito de Vênus, revelando a ela os segredos
da verdade e da beleza.
Hieronymus Bosch, 'O Jardim das Delícias Terrenas' (1505-1510)
Que um ovo está escondido à vista de todos no centro do festival de peripécias
carnais de Hieronymus Bosch (mais precisamente, equilibrado no topo da cabeça
de um cavaleiro), é de conhecimento de críticos e fãs da pintura. Mas como
esse detalhe delicado desbloqueia o significado mais verdadeiro da obra?
Se fecharmos os painéis laterais do tríptico para revelar o revestimento da
obra e o ovóide fantasmagórico de um mundo frágil que Bosch retratou na parte
externa — uma orbe translúcida flutuando no éter —, descobrimos que ele
concebeu sua pintura como uma espécie de ovo para ser quebrado e permanecer
intacto indefinidamente, cada vez que interagimos com a complexidade da obra.
Ao abrir e fechar a pintura de Bosch, estabelecemos alternadamente um mundo
novo em movimento ou voltamos no tempo para antes da criação, antes da nossa
inocência ser perdida.
Johannes Vermeer, 'Moça Com Brinco de Pérola' (c. 1665)
A moça que usa um brinco de pérola reluzente no famoso quadro de Vermeer se
volta perpetuamente em nossa direção ou para longe de nós? Pense bem.
O adereço em torno do qual gira o mistério da pintura é apenas um pigmento da
sua imaginação. Com um movimento de pulso e duas pinceladas habilidosas de
tinta branca, o artista enganou o córtex visual primário do lobo occipital de
nossos cérebros.
Aperte os olhos com a força que quiser, não há nenhum gancho ligando o
ornamento à orelha. Sua própria esfericidade é uma farsa.
Desejamos que o brinco estivesse suspenso na ausência de gravidade a partir
dos mais insignificantes apóstrofos brancos. A joia preciosa de Vermeer é uma
ilusão de óptica opulenta, que se reflete em nossa própria presença ilusória
no mundo.
JMW Turner, 'Chuva, Vapor e Velocidade - A Grande Estrada de Ferro do
Oeste' (1844)
Não é nenhum segredo que Turner escondeu uma lebre correndo no trilho obscuro
da locomotiva que se aproxima. O próprio artista chamou atenção para este fato
a um menino que visitou a Royal Academy no dia do envernizamento da obra,
quando o quadro estava prestes a ser exposto.
Mas como esse pequeno detalhe revela o significado da vasta reflexão de Turner
sobre a tecnologia invasiva? Por que ele se sentiu obrigado a apontar isso?
Desde a antiguidade, a lebre simboliza o renascimento e a esperança. Os
visitantes que viram a pintura quando a mesma foi exibida pela primeira vez em
1844, ainda estavam sob impacto emocional do horror de uma tragédia ocorrida
na véspera de Natal dois anos e meio antes, quando um trem descarrilou a 16
quilômetros da ponte retratada na pintura — um acidente que matou nove
passageiros da terceira classe e mutilou outros 16.
Ao ser diminuto no símbolo da lebre, um artista famoso por ser grandioso
transforma sua pintura em uma pungente homenagem e reflexão sobre a
fragilidade da vida.
Georges Seurat, 'Um banho em Asnières' (1884)
A grande pintura que retrata parisienses desfrutando preguiçosamente a hora de
almoço às margens do rio Sena, a primeira obra exibida por Seurat, foi
terminada inicialmente em 1884. Ela foi retocada pelo artista anos mais tarde,
depois que ele começou a aperfeiçoar sua técnica de aplicação de pequenos
pontos distintos que são coerentes ao olhar do observador quando vistos à
distância.
A teoria da cor subjacente ao estilo pontilhista mais maduro de Seurat deve
sua origem, em parte, às ideias de um químico francês, Michel Eugène Chevreul,
que explicou como a justaposição de matizes pode gerar uma persistência de
tons em nossa imaginação.
Na distância nebulosa da pintura de Seurat, uma fileira de chaminés se ergue
de uma fábrica que produzia velas, de acordo com a inovação industrial pela
qual Chevreul também era responsável.
Estas chaminés, que mais parecem pincéis pintando a obra à existência, são um
tributo ao pensador, sem o qual a visão resplandecente de Seurat não teria
sido possível.
Edvard Munch, 'O Grito' (1893)
Há muito se supõe que a figura de O Grito, de Edvard Munch — um arquétipo de
angústia que ainda povoa o imaginário popular mais de um século depois de ter
sido criado — deve sobretudo a expressão de pavor congelada no rosto a uma
múmia peruana que o artista encontrou na Exposição Universal de 1889 em Paris.
Mas Munch era um artista mais preocupado com o futuro do que com o passado, e
especialmente ansioso em relação ao ritmo da tecnologia.
Certamente, ele deve ter ficado ainda mais profundamente impressionado com o
espetáculo de tirar o fôlego de uma enorme lâmpada incandescente repleta de 20
mil lâmpadas menores que se elevava em um pedestal sobre o pavilhão na mesma
exposição.
Um tributo às ideias de Thomas Edison, a escultura se erguia como um deus
cristalino anunciando uma nova idolatria, acionando um interruptor na mente de
Munch. Os contornos do rosto de O Grito refletem com extraordinária precisão a
mandíbula caída e o crânio bulboso do assustador totem elétrico de Edison.
Gustav Klimt, 'O beijo' (1907)
Sem dúvida o amor e a paixão estão no extremo oposto dos longos jalecos
brancos e lâminas para microscópios de testes científicos. Não de acordo com a
pintura O Beijo, de Gustav Klimt.
No ano em que pintou sua obra, Viena efervescia com a linguagem das plaquetas
e células sanguíneas, especialmente nos arredores da Universidade de Viena,
onde o próprio Klimt fora convidado, anos antes, a criar pinturas baseadas em
temas médicos.
Karl Landsteiner, um imunologista pioneiro da universidade (o primeiro
cientista a distinguir os grupos sanguíneos) estava trabalhando duro para
fazer as transfusões de sangue serem bem-sucedidas.
Olhe mais de perto a curiosa estampa do vestido da mulher na pintura de Klimt
e, de repente, você constata o que são: placas de Petri pulsando com células,
como se o artista nos tivesse oferecido uma tomografia da sua alma. O Beijo é
a biópsia luminosa do amor eterno de Klimt.
sábado, 9 de janeiro de 2021
MINHAS METAS PARA 2021
Nos últimos tempos, tenho percebido que evoluí bastante no que se refere à definir e cumprir metas. Das que tinha planejado para 2020, alcancei quase todas, faltando apenas algumas que se tornaram um pouco inviáveis em decorrência da pandemia, como praticar mais skate e BMX.
Penso que o que torna este processo mais prazeroso é ter bom senso e listar apenas o que é possível realizar, visando evitar desapontamentos e uma possível desmotivação.
Para esse ano de 2021, pretendo "focar" em:
‣ Desenvolvimento front-end e programação, por meio dos tópicos do 100 Days of Code,
dos cursos da freeCodeCamp, do React Roadmap, e dos tutoriais do HackerEarth.
Além disso, também pretendo conseguir algumas certificações no HackerRank.
‣ Revisar e aprender matemática (geometria, álgebra linear, cálculo,
estatística etc.) nos cursos da Khan Academy, e também terminar o curso
Introduction to Mathematical Thinking que iniciei no Coursera, mas não
consegui terminar por causa da faculdade (ESSE ANO ME FORMO!).
‣ Assistir todos os filmes mostrados no The Evolution of Cinema (1878-2017),
todos os curtas da lista Um curta para dia do ano, algumas séries,
animes, e também ouvir mais podcasts, como o Filosofia Pop, e alguns outros
sobre ciência e tecnologia, como o FalaDev da Rocketseat.
‣ Ler alguns livros sobre idiomas e, principalmente, continuar meus estudos de
inglês, francês e espanhol na plataforma Duolingo, pois gosto muito desse processo de aprendizagem por meio da gamificação.
‣ Fazer postagens no sTuring, publicar zines, gravar vídeos para o meu canal, desenvolver projetos para o Compixelar, e concluir a implementação do PolymApp.
Se vou conseguir alcançar todas estas metas é outra história, pois estou ciente das impresivibilidades da vida, entretanto, acredito na minha capacidade para tal.
ESL DISCUSSIONS - MUDANÇA
STUDENT A's QUESTIONS
(1) Você gosta de mudança?
Das que vem para o bem.
(2) Qual foi a maior mudança que você fez em sua vida? Foi boa ou ruim?
Acho que pedir demissão e trancar minha faculdade em São Paulo para me mudar
para Crateús/CE e estudar Ciência da Computação.
(3) Você é bom em lidar com mudanças?
Penso que sim, me considero uma pessoa resiliente.
(4) Você acha que a mudança é importante?
Com certeza, principalmente se for para abandonar hábitos ou círculos sociais tóxicos e destrutivos.
(5) Qual é a maior mudança que este mundo precisa?
Conscientização social.
(6) Que coisas em sua vida você detestaria mudar?
Meu apreço pelo aprendizado de diversos assuntos. Não gostaria de me afunilar
em apenas uma coisa.
(7) Quais são as três coisas em seu passado que você gostaria de mudar?
Estou relativamente feliz com tudo que conquistei até hoje. Dito isso, penso
que se eu mudasse qualquer coisa do meu passado, por mais insignificante que
seja, talvez não conseguisse realizar tais façanhas novamente. É o tal do
"efeito borboleta". Assim, procuro viver de maneira a planejar melhor o meu
futuro a partir do presente, ao invés de ficar refletindo sobre as possíveis
linhas do tempo que eu poderia ter vivido se tivesse feito escolhas
direfentes.
(8) Que conselho você daria a alguém que odeia mudanças?
Não adiantar resistir, mudanças são inevitáveis.
(9) O que acontece com as pessoas que acham difícil mudar?
Demoram mais para encontrar o caminho da satisfação pessoal.
(10) Você pode ensinar alguém a aceitar e gostar de mudanças?
Eu não, mas acho que as pessoas que possuem um bom conhecimento sobre
psicologia podem conseguir tal façanha.
STUDENT B's QUESTIONS
(1) O mundo está mudando mais rápido do que antes?
Sim, estamos vivendo a famosa "modernidade líquida", descrita pelo sociólogo
Zigmunt Bauman.
(2) Como os idosos e os jovens lidam com a mudança?
Acho que crianças, geralmente, são mais relutantes; no caso dos os idosos,
como (alguns) possuem mais sabedoria, já são mais maduros para encará-la,
aceitá-la e se adaptar. Obviamente, nem todos os casos são assim.
(3) Qual é a maior mudança que você gostaria de fazer em sua vida?
Viajar pelo mundo. Me sinto um tanto estagnado geograficamente.
(4) Por que algumas pessoas são melhores do que outras em lidar com
mudanças?
Maturidade.
(5) O que mudou em sua vida em comparação a dez anos atrás?
Muitas coisas. Perdi entes queridos, conheci muitas pessoas, aprendi diversas
coisas novas, idealizei vários projetos. No geral, foi uma evolução bem
grande. E pro fututo, planejo algo muito maior.
(6) A mudança é sempre boa?
Não. Por exemplo, quando estamos confortáveis com algo, mas temos deixar para
trás para seguir outros caminhos.
(7) Qual foi o seu maior evento de mudança de vida?
Minha mudança de São Paulo para o Ceará, pois me fez refletir sobre o estilo
de vida caótico que levava por lá. Não sei se voltaria de novo.
(8) O que você gostaria de mudar em você?
Gostaria de ser mais focado. Me distraio muito facilmente.
(9) Como sua sociedade mudou na última década?
Penso que, em decorrência da constante evolução tecnológica, principalmente, a
sociedade sofreu mudanças em diversos aspectos, como social, político,
econômico etc. Foram tantos acontecimentos que seria até inviável listar aqui.
(10) O que mudará no futuro?
Do jeito que a sociedade tem caminhado, com a constante divulgação de fake
news, discriminação, negação da ciência, dentre outras coisas, não estou
otimista em relação a um futuro muito promissor.
O QUE É O 'MÉTODO POMODORO'
Faz um tempinho que essa técnica passou a ser essencial no meu dia-a-dia. Acho
que todas as pessoas que administram diversos projetos deveriam conhecer,
principalmente quem tem dificuldade de concentração, como eu.
Ainda quero comprar o temporizador clássico (tomatinho), pois aplicativos de
celular são um convite para distrações.
* * *
Técnica foi inventada pelo italiano Francesco Cirillo no fim da década de
80
Para quem está trabalhando de casa desde o início da pandemia de covid-19,
concentrar-se em tarefas simples pode parecer cada vez mais difícil.
Afinal, são muitas as distrações, que vão desde checar o celular até cuidar
dos filhos.
Como resultado, muitos de nós chegamos ao fim do dia com a sensação de que
cumprimos pouco de nossas obrigações.
Guardadas as devidas diferenças temporais, era exatamente assim que se sentia
o italiano Francesco Cirillo em seus primeiros anos como estudante
universitário, na década de 80.
"Depois que a alegria de concluir meus exames do primeiro ano acabava, me
encontrava em uma crise existencial, um momento de baixa produtividade e alta
confusão. Todos os dias eu ia para a universidade, frequentava aulas, estudava
e voltava para casa com o desânimo de que eu realmente não sabia o que eu
estava fazendo, que estava perdendo meu tempo", conta ele em seu livro The
Pomodoro Technique (A Técnica Pomodoro, em tradução livre para o português).
"As datas dos exames chegavam tão rápido, e parecia que não tinha como me
defender do tempo. Um dia, na sala de aula do campus onde eu costumava
estudar, observei meus colegas com um olhar crítico e, em seguida, olhei ainda
mais criticamente para mim: como me organizava, como interagia com outras
pessoas, como estudava. Ficou claro para mim que o grande número de distrações
e interrupções e o baixo nível de concentração e motivação estavam na raiz da
confusão que eu estava sentindo", acrescenta.
Cirillo então fez uma aposta consigo mesmo, "tão útil quanto humilhante",
lembra. "Você pode estudar — realmente estudar — por 10 minutos?"
Ele diz que os resultados não foram sentidos de forma imediata.
"Não ganhei a aposta imediatamente. Na verdade, levou tempo e muito esforço,
mas no fim eu consegui. Naquela primeira pequena etapa, encontrei algo
intrigante. Com esta nova ferramenta, me dediquei a melhorar meu processo de
estudo e posteriormente meu processo de trabalho. Tentei entender e resolver
problemas cada vez mais complexos, a ponto de considerar a dinâmica do
trabalho em equipe".
Foi assim que nasceu a 'Técnica Pomodoro', um método de gestão de tempo
inventado por Cirillo, apelidado assim em alusão ao cronômetro de cozinha em
forma de tomate ("pomodoro" em italiano) que ele usava para concluir suas
tarefas dentro de um tempo delimitado.
Cirillo aprimorou técnica gradualmente
Como funciona
Em linhas gerais, o método "usa o tempo como aliado" e consiste em dividir
nosso dia em blocos de 25 minutos ("pomodoros"), com pequenos intervalos entre
eles.
Este é o passo a passo:
1) Escolha a tarefa a ser executada;
2) Ajuste o cronômetro para 25 minutos;
3) Trabalhe na tarefa escolhida até que o alarme toque;
4) Quando o alarme tocar, verifique se completou a tarefa;
5) Faça uma pausa curta (5 minutos);
6) Depois de concluir quatro blocos de 25 minutos de trabalho, faça uma pausa
mais longa (30 minutos).
Cirillo recomenda concentrar-se ao máximo para realizar a tarefa no tempo
determinado bem como anotar as distrações que ocorrerem durante esse período.
Essas interrupções podem ser internas — cometidas por nós mesmos, como sentir
fome ou ir ao banheiro — e externas — checar emails ou notificações no
celular.
O objetivo da técnica, segundo Cirillo, é evitar a procrastinação e aumentar a
produtividade.
Cirillo diz que, ao sabermos o número de tarefas que conseguimos realizar
durante o dia e o tempo gasto em cada uma delas, o método nos permite avaliar
como podemos organizar melhor o nosso dia.
Por exemplo, se você chega à conclusão de que executa menos tarefas na parte
da manhã, talvez valha a pena começar a trabalhar mais tarde, se isso for
possível.
Além disso, também nos permite observar as circunstâncias em que estamos
interrompendo nosso fluxo de trabalho — e evitá-las.
Cirillo ressalva ser essencial que, mesmo que você não consiga terminar a
tarefa em 25 minutos, tire o tempo de descanso — durante esse período, não
faça nada que requeira muito esforço mental. Você pode comer ou beber um copo
d'água, ou assistir à TV.
Cirillo tinha problemas de concentração em seus primeiros anos de
universidade
Caso contrário, sua mente não não será capaz de absorver o que você aprendeu.
E, consequentemente, não poderá dedicar-se 100% ao próximo "pomodoro".
Desde que foi inventado, o método conquistou fãs ao redor do mundo, desde
estudantes a empreendedores.
E, com o avanço da tecnologia, inúmeros aplicativos e extensões para
navegadores simulam o cronômetro de cozinha em formato de tomate. É possível
achá-los após uma busca rápida na internet.
sábado, 2 de janeiro de 2021
ESL DISCUSSIONS - BELEZA
STUDENT A's QUESTIONS
(1) O que é beleza?
Penso que beleza é um conjunto de características que são organizadas de
maneira harmoniosa, mas que baseia-se na subjetividade de cada pessoa. Pode se
tratar de algo visual, sonoro ou até mesmo abstrato, como um semblante, uma
música ou um traço de personalidade, por exemplo.
(2) Quem decide quem ou o que é bonito?
Penso que a beleza é algo subjetivo, portanto, cada pessoa decide o que ou
quem é bonito ou não.
(3) Com que frequência você pensa sobre beleza?
De maneira recorrente. Como artista visual, escritor e uma pessoa muito
detalhista (por vezes, perfeccionista), estou sempre em busca de combinações
estéticas (formas e cores) e palavras que possuem o máximo de harmonia
possível. Mas o meu conceito de beleza transcende o campo das artes, pois
também penso que um código bem escrito também carrega um certo atrativo, isso
do ponto de vista de um desenvolvedor de software.
(4) Você acha que tem o mesmo conceito de beleza que seus amigos?
Não.
(5) Quais são as características mais importantes ao determinar a beleza de
alguém?
No que se refere à beleza das pessoas, podemos considerar alguns fatores, como
'beleza estética' e 'beleza moral'. Por exemplo, uma pessoa pode ser muito
bonita esteticamente, mas, em contrapartida, ser homofóbica, racista,
xenofóbica, etc. Isso, na minha opinião, a torna repulsiva. No outro caso, uma
pessoa pode não ter uma beleza estética tão grande, mas suas (belas) atitudes,
de certa forma, fazem com que isso seja algo irrelevante.
(6) Como o mundo seria diferente se nunca considerássemos a
beleza?
Não faço a menor ideia...
(7) A beleza no design é importante em sua cultura?
Penso que sim.
(8) Você acha que a propaganda nos condiciona a pensar o que é bonito e o
que não é?
Sim. Mas isso está mudando, uma vez que as pessoas estão se conscientizando de
que muito do que a propaganda mostra não é real, e que a beleza está nos olhos
de quem vê, ou seja, é cada vez mais crescente o movimento de auto-aceitação e
a subversão de padrões estéticos estabelecidos pela indústria, esta que também
está sofrendo uma mudança de paradigma, devido a esse empoderamento das
pessoas.
(9) O que você acha dos concursos de beleza?
Desnecessários...
(10) O que significa "a beleza está nos olhos de quem vê"? Você
concorda?
Conforme argumentado anteriormente, a beleza é algo subjetivo, portanto,
concordo.
STUDENT B's QUESTIONS
(1) Você acha que a ideia de beleza está mudando? Como?
Acho que o que respondi na questão sobre a propaganda se encaixaria neste
contexto.
(2) Você acha que diferentes raças têm percepções diferentes do que é
beleza?
Sim. Tanto que levanta outro ponto polêmico: a apropriação cultural.
(3) A beleza é importante?
Sim, mas, na minha opinião, se considerar os fatores que mencionei
anteriormente.
(4) Existe beleza em tudo o que vemos e fazemos?
Não.
(5) Você pensa na sua beleza?
Sim, mas estou ciente das minhas imperfeições, tanto estéticas como morais. No
segundo caso, procuro sempre evoluir.
(6) Você acha que a indústria da beleza é importante?
Falando por mim, não acho que é algo tão importante. Particularmente, não
tenho interesse por moda, cosméticos ou coisas do tipo. No meu caso, vestir
uma roupa simples e manter uma boa higiene já está de bom tamanho.
(7) Pessoas bonitas têm vidas melhores?
Não necessariamente.
(8) Você acha importante dormir o seu sono de beleza?
Todo dia depois do almoço.
(9) Que beleza você pode ver ao seu redor agora?
A natureza, no caso, o jardim da minha mãe.
(10) Você vê beleza na língua inglesa?
Não só na língua inglesa, mas também no francês, no espanhol e no italiano.
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