Hoje, completo 25 anos de idade. Isaac Newton completaria 375, se ainda estivesse vivo. De certa forma, ele está, pois o conhecimento que deixou como legado viverá eternamente.
Em datas como viradas de ano e aniversários sempre me pego refletindo sobre minha contribuição para a evolução da humanidade em algum contexto, e também sobre meus projetos futuros.
Até concluir o ensino médio, não sabia muito bem o que gostaria de fazer da vida. Nem exatamente o que estudar na graduação. Sabia que seria algo relacionado a computadores, mas não tinha ideia de qual área da computação.
Após o término deste período, aos 17 anos, não sabia exatamente como funcionava o ingresso em uma universidade pública - nunca pretendi pagar pela minha educação acadêmica. Por isso, decidi me matricular no Cursinho da Poli, que ficava perto da escola onde eu estudava e era muito bem conceituado.
Não me recordo se estudei por um semestre ou por um ano, mas, neste período, com o incentivo dos professores, comecei a olhar o mundo de uma forma diferente, me interessando (principalmente) por assuntos como sociologia, além de literatura, física, biologia etc.
Quando concluí, prestei o vestibular da USP, UNESP, Unicamp e UNIFESP. No entanto, não consegui passar em nenhuma. Mas não me abati. Muito pelo contrário. Decidi reunir todo o meu material didático e estudar de forma autodidata para tentar novamente.
Além das disciplinas estudadas no cursinho, também comecei a me interessar por filosofia, o que abriu a minha mente para refletir sobre a existência e pensar sobre o que eu desejava para o meu futuro.
Nesta mesma época, após assistir o filme Sociedade dos Poetas Mortos, também comecei a escrever poesia. Criei um blog e comecei a publicar de forma recorrente sobre os assuntos que me interessavam, bem como meus escritos.
Estudei desta forma por um semestre e decidi prestar vestibular para ingressar no curso de Análise e Desenvolvimento de Sistema na FATEC Zona Sul, a universidade pública mais próxima da minha casa na época.
Passei com grande emoção, pensando que, em três anos, este seria um lugar onde o meu conhecimento sobre computação se aprofundaria bastante, além de me conceder o tão almejado diploma. No entanto, não foi bem o que aconteceu.
Desde o início, achava um pouco estranha a didática de alguns professores, alguns eram um tanto preguiçosos, utilizando materiais de terceiros e cobrando coisas além do que o “ensinado”. Outros não seguiam a grade curricular, nos prejudicando em outras disciplinas. Além disso, a coordenação não era muito acessível...
Por outro lado, reconheço que tive professores muito bons, que salvaram um pouco este período, mas não conseguiram fazer com que eu mantivesse meu interesse no curso.
O saldo do meu período na FATEC se resume em 3 + 1,5 anos que permaneci apenas “comparecendo”, com pouco estímulo para continuar assistindo às aulas. Preferia comprar meus livros e estudar de forma autodidata.
Neste período, além da minha falta de motivação para comparecer às aulas, também iniciei uma “carreira artística”, com a publicação do meu primeiro livro de poemas, em 2015, o PROTESTIZANDO - BIÊNIO POÉTICO.
Percorri São Paulo de norte à sul, de leste à oeste, fazendo a divulgação do meu trabalho. Conheci muitas pessoas e lugares. Fiz exposições de poemas visuais e declamei meus poemas em diversos saraus. Com isso, acabei conhecendo o coletivo Sarau do Grajaú, o qual fui convidado para integrar. Além de realizarmos muitos eventos, também produzimos o documentário Grajaú em Foco.
Depois de um ano de produção frenética, acabei publicando o meu segundo livro, A LER VAZIOS, com algumas das minhas experimentações poético-visuais, cuja divulgação foi ainda melhor que a do PROTESTIZANDO. Me permitindo alcançar lugares onde eu nunca pensei que poderia chegar. Conhecer e entregar uma cópia do A LER VAZIOS para Augusto de Campos na Casa das Rosas foi impagável.
No que se refere a minha trajetória acadêmica, não penso que a FATEC foi de grande ajuda para eu me desenvolver intelectualmente. No entanto, também não penso que este período foi em vão. Existencialmente, me sinto quase um Ph.D., mesmo sem ainda ter ao menos um diploma de nível superior.
O engraçado é que meus poemas já chegaram à Academia, como material de estudo, e eu ainda nem estou formado - muito menos em Letras. Talvez, um dia, eu caia no ENEM (rs).
Penso que se uma pessoa deseja profundamente fazer uma grande contribuição para a evolução da humanidade, não é preciso, necessariamente, que ela possua um diploma acadêmico - bacharelado, mestrado, doutorado etc., é apenas necessário que ela tenha foco e determinação para realizar tal façanha.
No início do ano passado, decidi trilhar por um novo caminho na minha jornada de educação. Saí da FATEC e ingressei na UFC, uma das melhores escolhas que fiz recentemente. Pois tenho a certeza de que - independentemente de - quando eu me formar, sairei preparado para criar soluções tecnológicas para as mazelas que assolam nossa sociedade.
No entanto, a carência de uma boa base matemática no ensino médio ainda dificulta um pouco o meu entendimento sobre alguns assuntos. Remediar esta minha deficiência no campo das exatas é um grande obstáculo. Felizmente, devido à minha experiência autodidata, sigo um plano de estudos que está me ajudando bastante nesta questão.
Não abro mão de tudo que conquistei até aqui por um diploma. O sentido da minha existência vai muito além de um título acadêmico. Sou um agente transformador, que tem como objetivo de vida utilizar a sua minha arte e todo seu conhecimento adquirido como matéria-prima no desenvolvimento de tecnologias que possibilitem uma melhoria na qualidade de vida da coletividade e uma relação mais harmoniosa com a Natureza. Isso é o que me motiva a seguir em frente.
Em datas como viradas de ano e aniversários sempre me pego refletindo sobre minha contribuição para a evolução da humanidade em algum contexto, e também sobre meus projetos futuros.
Até concluir o ensino médio, não sabia muito bem o que gostaria de fazer da vida. Nem exatamente o que estudar na graduação. Sabia que seria algo relacionado a computadores, mas não tinha ideia de qual área da computação.
Após o término deste período, aos 17 anos, não sabia exatamente como funcionava o ingresso em uma universidade pública - nunca pretendi pagar pela minha educação acadêmica. Por isso, decidi me matricular no Cursinho da Poli, que ficava perto da escola onde eu estudava e era muito bem conceituado.
Não me recordo se estudei por um semestre ou por um ano, mas, neste período, com o incentivo dos professores, comecei a olhar o mundo de uma forma diferente, me interessando (principalmente) por assuntos como sociologia, além de literatura, física, biologia etc.
Quando concluí, prestei o vestibular da USP, UNESP, Unicamp e UNIFESP. No entanto, não consegui passar em nenhuma. Mas não me abati. Muito pelo contrário. Decidi reunir todo o meu material didático e estudar de forma autodidata para tentar novamente.
Além das disciplinas estudadas no cursinho, também comecei a me interessar por filosofia, o que abriu a minha mente para refletir sobre a existência e pensar sobre o que eu desejava para o meu futuro.
Nesta mesma época, após assistir o filme Sociedade dos Poetas Mortos, também comecei a escrever poesia. Criei um blog e comecei a publicar de forma recorrente sobre os assuntos que me interessavam, bem como meus escritos.
Estudei desta forma por um semestre e decidi prestar vestibular para ingressar no curso de Análise e Desenvolvimento de Sistema na FATEC Zona Sul, a universidade pública mais próxima da minha casa na época.
Passei com grande emoção, pensando que, em três anos, este seria um lugar onde o meu conhecimento sobre computação se aprofundaria bastante, além de me conceder o tão almejado diploma. No entanto, não foi bem o que aconteceu.
Desde o início, achava um pouco estranha a didática de alguns professores, alguns eram um tanto preguiçosos, utilizando materiais de terceiros e cobrando coisas além do que o “ensinado”. Outros não seguiam a grade curricular, nos prejudicando em outras disciplinas. Além disso, a coordenação não era muito acessível...
Por outro lado, reconheço que tive professores muito bons, que salvaram um pouco este período, mas não conseguiram fazer com que eu mantivesse meu interesse no curso.
O saldo do meu período na FATEC se resume em 3 + 1,5 anos que permaneci apenas “comparecendo”, com pouco estímulo para continuar assistindo às aulas. Preferia comprar meus livros e estudar de forma autodidata.
Neste período, além da minha falta de motivação para comparecer às aulas, também iniciei uma “carreira artística”, com a publicação do meu primeiro livro de poemas, em 2015, o PROTESTIZANDO - BIÊNIO POÉTICO.
Percorri São Paulo de norte à sul, de leste à oeste, fazendo a divulgação do meu trabalho. Conheci muitas pessoas e lugares. Fiz exposições de poemas visuais e declamei meus poemas em diversos saraus. Com isso, acabei conhecendo o coletivo Sarau do Grajaú, o qual fui convidado para integrar. Além de realizarmos muitos eventos, também produzimos o documentário Grajaú em Foco.
Depois de um ano de produção frenética, acabei publicando o meu segundo livro, A LER VAZIOS, com algumas das minhas experimentações poético-visuais, cuja divulgação foi ainda melhor que a do PROTESTIZANDO. Me permitindo alcançar lugares onde eu nunca pensei que poderia chegar. Conhecer e entregar uma cópia do A LER VAZIOS para Augusto de Campos na Casa das Rosas foi impagável.
No que se refere a minha trajetória acadêmica, não penso que a FATEC foi de grande ajuda para eu me desenvolver intelectualmente. No entanto, também não penso que este período foi em vão. Existencialmente, me sinto quase um Ph.D., mesmo sem ainda ter ao menos um diploma de nível superior.
O engraçado é que meus poemas já chegaram à Academia, como material de estudo, e eu ainda nem estou formado - muito menos em Letras. Talvez, um dia, eu caia no ENEM (rs).
Penso que se uma pessoa deseja profundamente fazer uma grande contribuição para a evolução da humanidade, não é preciso, necessariamente, que ela possua um diploma acadêmico - bacharelado, mestrado, doutorado etc., é apenas necessário que ela tenha foco e determinação para realizar tal façanha.
No início do ano passado, decidi trilhar por um novo caminho na minha jornada de educação. Saí da FATEC e ingressei na UFC, uma das melhores escolhas que fiz recentemente. Pois tenho a certeza de que - independentemente de - quando eu me formar, sairei preparado para criar soluções tecnológicas para as mazelas que assolam nossa sociedade.
No entanto, a carência de uma boa base matemática no ensino médio ainda dificulta um pouco o meu entendimento sobre alguns assuntos. Remediar esta minha deficiência no campo das exatas é um grande obstáculo. Felizmente, devido à minha experiência autodidata, sigo um plano de estudos que está me ajudando bastante nesta questão.
Não abro mão de tudo que conquistei até aqui por um diploma. O sentido da minha existência vai muito além de um título acadêmico. Sou um agente transformador, que tem como objetivo de vida utilizar a sua minha arte e todo seu conhecimento adquirido como matéria-prima no desenvolvimento de tecnologias que possibilitem uma melhoria na qualidade de vida da coletividade e uma relação mais harmoniosa com a Natureza. Isso é o que me motiva a seguir em frente.
Revisitando esse texto após três anos...
ResponderExcluirQuanta coisa aconteceu. Ganhei diversas bolsas, participei de vários projetos, lancei um aplicativo (!). Que venham muitas outras conquistas.