Estive sem internet nos últimos dias, mas hoje ela voltou e, com isso, posso expressar a minha imensa emoção aqui em Crateús com o primeiro recebimento pelos Correios de algumas publicações de pessoas muitos queridas que estão em Sampa. O Poesia Sem Medo, que, nesta edição, conta com uma entrevista com a Edilene Santos (Sarau do Grajaú), e onde tive a honra de ter outro poema publicado com outrxs autorxs de peso. Além disso, recebi o livro Cosmos no Casulo, que a Leticia Pierre acaba de lançar, e que eu tive a honra de escrever a introdução (abaixo). Procurem Saber:
Existe uma teoria, baseada na cultura popular, de que o bater de asas de uma simples borboleta poderia influenciar o curso natural das coisas e, assim, talvez provocar um tufão do outro lado do mundo. Se isso é verdade, fica a questão. Por outro lado, penso que uma ideia sim, pode transcender barreiras e transformar as pessoas de maneira muito profunda, independentemente do local onde ela foi concebida e do tempo decorrido desde tal concepção. Percebemos isso no decorrer da história.
Refletir sobre a imensidão do cosmos revela a nossa pequenez, e isso, de certa forma, gera uma certa angústia e muitas dúvidas acerca da nossa existência, o que nos faz buscar respostas e um sentido para nossa vida. Ao mesmo tempo, frente a esta vastidão, também ficamos deslumbrados com a beleza natural que nos cerca, esta que inspira as mais diversas pessoas a criarem (re)leituras deste espaço.
A Letícia, neste caso, desenvolve sua poética cheia de lirismo e criatividade, não para nos dar respostas, mas para nos fazer refletir sobre o que pensamos saber. Assim como Sócrates, na Grécia Antiga, que, por meio de uma série de perguntas, levava seus interlocutores a desconstruírem ideias que eles julgavam serem verdades absolutas, a cada poema, nos deparamos com uma questão que pode acabar nos levando por outros caminhos deste multiverso chamado (auto)conhecimento, cuja construção se dá pela agregação de legados anteriores às novas descobertas e saberes.
Nesta obra, você irá encontrar poemas com siso, que revelam o ceticismo de uma borboleta que acabou de sair do casulo e experimenta a sensação de voo no ato do livre-pensar. Bate suas asas aquareladas e (ex)plana sobre o amor, a natureza, a arte, os astros, o urbano e muitas outras questões que permeiam o nosso (in)consciente.
Na vida, cada pessoa tem seu papel, e nele, Letícia corre o risco. Busca amadurecer. Busca florescer. No entanto, não deseja fazer isso sozinha, procura por companhia para seguir no caminho cujo destino é um mundo melhor - o qual penso que será alcançado, primeiramente, após uma revolução de ideias.
Portanto, inspire(-se) e mergulhe fundo em cada oceano aqui apresentado, pois “alguns poucos versos, gotejados com maestria, são pingos de poemas, mares de poesia”.
Daniel Brito
Existe uma teoria, baseada na cultura popular, de que o bater de asas de uma simples borboleta poderia influenciar o curso natural das coisas e, assim, talvez provocar um tufão do outro lado do mundo. Se isso é verdade, fica a questão. Por outro lado, penso que uma ideia sim, pode transcender barreiras e transformar as pessoas de maneira muito profunda, independentemente do local onde ela foi concebida e do tempo decorrido desde tal concepção. Percebemos isso no decorrer da história.
Refletir sobre a imensidão do cosmos revela a nossa pequenez, e isso, de certa forma, gera uma certa angústia e muitas dúvidas acerca da nossa existência, o que nos faz buscar respostas e um sentido para nossa vida. Ao mesmo tempo, frente a esta vastidão, também ficamos deslumbrados com a beleza natural que nos cerca, esta que inspira as mais diversas pessoas a criarem (re)leituras deste espaço.
A Letícia, neste caso, desenvolve sua poética cheia de lirismo e criatividade, não para nos dar respostas, mas para nos fazer refletir sobre o que pensamos saber. Assim como Sócrates, na Grécia Antiga, que, por meio de uma série de perguntas, levava seus interlocutores a desconstruírem ideias que eles julgavam serem verdades absolutas, a cada poema, nos deparamos com uma questão que pode acabar nos levando por outros caminhos deste multiverso chamado (auto)conhecimento, cuja construção se dá pela agregação de legados anteriores às novas descobertas e saberes.
Nesta obra, você irá encontrar poemas com siso, que revelam o ceticismo de uma borboleta que acabou de sair do casulo e experimenta a sensação de voo no ato do livre-pensar. Bate suas asas aquareladas e (ex)plana sobre o amor, a natureza, a arte, os astros, o urbano e muitas outras questões que permeiam o nosso (in)consciente.
Na vida, cada pessoa tem seu papel, e nele, Letícia corre o risco. Busca amadurecer. Busca florescer. No entanto, não deseja fazer isso sozinha, procura por companhia para seguir no caminho cujo destino é um mundo melhor - o qual penso que será alcançado, primeiramente, após uma revolução de ideias.
Portanto, inspire(-se) e mergulhe fundo em cada oceano aqui apresentado, pois “alguns poucos versos, gotejados com maestria, são pingos de poemas, mares de poesia”.
Daniel Brito