quinta-feira, 4 de setembro de 2014

EXPOSIÇÃO: MARIA BONOMI E PHILADELPHO MENEZES @ CASA DAS ROSAS

Registros da minha primeira visita à Casa das Rosas - Espaço Haroldo de Campos de Poesia e Literatura, em 2014. Nesta ocasião, havia uma exposição da vida e obra do Philadelpho Menezes, que eu conheci melhor quando pesquisei e estudei o movimento concretista.

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MARIA BONOMI EXPÕE SEU LIVRO-OBJETO O ELOGIO DA XILO NA CASA DAS ROSAS

As xilogravuras foram criadas pela artista para o poema Elogio à Xilo, de Haroldo de Campos.

A Casa das Rosas abre sua Bibliocasa para receber,  até 15 de setembro, a mostra O Elogio da Xilo, da artista plástica Maria Bonomi.

As xilogravuras criadas pela gravadora Maria Bonomi em torno do poema Elogio à Xilo, de Haroldo de Campos, transformaram-se em um livro-objeto recém-adquirido pela Casa das Rosas.

Esse trabalho, adaptado dos versos haroldianos, será revelado em suas diversas facetas nesta mostra de um livro só. A exposição faz parte de uma série de eventos do Centro de Referência Haroldo de Campos em torno da relação da poesia de Haroldo com as artes plásticas.

Maria Bonomi é gravadora, escultora, pintora, muralista, curadora, figurinista, cenógrafa e professora. Recebeu diversos prêmios nacionais e internacionais por seu trabalho de gravadora e de cenógrafa.


OBRA DE PHILADELPHO MENEZES COMPÕE NOVA EXPOSIÇÃO DA CASA DAS ROSAS

Após 14 anos do falecimento do poeta, sua viúva e artista plástica Ana Aly disponibiliza poemas e livros-objetos para ilustrar a trajetória do escritor.

A Casa das Rosas realiza de 30 de maio a 31 de agosto de 2014 uma homenagem ao poeta Philadelpho Menezes com a exposição Goma de Mascarar Sabor Mental.

A curadora da exposição Ana Aly, artista plástica e viúva de Philadelpho Menezes, destaca a importância da obra do poeta, na qual apresentará uma reunião das poesias visuais, livros-objeto, poemas sonoros e hiper-mídia, das quais ela foi em muitos momentos a arte-finalista. A exposição é uma boa oportunidade para muitas pessoas recordarem e outras conhecerem a obra e a figura de Philadelpho Menezes, que faleceu no ano 2000.

Philadelpho Menezes foi poeta, ensaísta, tradutor, editor, teórico e promotor de eventos nacionais e internacionais que reuniu poetas abrindo espaço para difundir os novos gêneros e rumos da poesia contemporânea mundial. Menezes também organizou no Centro Cultural São Paulo as mostras Poesia Intersignos (1985) e a 1ª Mostra Internacional de Poesia Visual (1988) em São Paulo.

O poeta também era formado em Direito pela USP e professor, mestre e doutor em Comunicação e Semiótica na PUC/SP. Incansável pesquisador, Menezes trafegou pela vanguarda do movimento poético experimental brasileiro e europeu, tanto visual como sonoro, além de ser autor de uma respeitada obra crítica. Seu conceito de "poesia intersignos” colocou em novos termos a relação entre imagem, som e gesto, suscitando novas discussões sobre o universo da poesia experimental.

Menezes também foi pioneiro na criação e divulgação da poesia sonora no Brasil. No ano de 1990, por conta da pesquisa para sua tese de doutorado, manteve contato com intelectuais como Umberto Eco, Henri Chopin e Eugen Gomringer, além de artistas europeus mais jovens dedicados a experimentos nessa modalidade de composição. Segundo Ana Aly “Philadelpho foi um criador para quem a reflexão teórica sempre foi um complemento imprescindível à produção artística”.
























































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